O porta-voz afirmou que o governo deve continuar a se preparar para todas as possibilidades, incluindo o país sair da União Europeia em 31 de janeiro sem um acordo.
Por Redação, com Reuters – de Londres
O governo do Reino Unido não vai prorrogar o período de transição que segue o acordo do Brexit, disse um porta-voz do premiê Boris Johnson nesta segunda-feira.
O porta-voz afirmou que o governo deve continuar a se preparar para todas as possibilidades, incluindo o país sair da União Europeia em 31 de janeiro sem um acordo.
Líder do Partido do Brexit
Nigel Farage, líder do Partido do Brexit, disse no domingo que não participará das eleições britânicas do próximo mês, optando por fazer campanha em todo o país contra o acordo de separação da União Europeia do primeiro-ministro Boris Johnson.
– Pensei muito sobre isso: como sirvo melhor à causa do Brexit? – ele disse ao Andrew Marr Show, da BBC.
– Tento entrar no Parlamento ou sirvo melhor à causa percorrendo toda a extensão do Reino Unido, apoiando 600 candidatos, e decidi que a última opção é o caminho certo.
Farage, um ativista anti-UE que disputou o Parlamento sem sucesso sete vezes, montou o Partido do Brexit este ano e conquistou rapidamente o maior número de votos no Reino Unido nas eleições europeias em maio.
Seu anúncio nesta semana de que o partido disputaria todos os assentos em 12 de dezembro foi visto como um possível revés para Johnson.
Havia o risco de dividir o voto dos partidários do Brexit em uma eleição que mais uma vez colocará de um lado aqueles que querem deixar a UE contra aqueles que querem ficar, mais de três anos depois que o Reino Unido votou pela saída do bloco em um referendo.
Farage anteriormente liderou o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP). A ameaça de desviar os votos dos conservadores teve um papel importante em convencer o então primeiro-ministro David Cameron a realizar o referendo de 2016.
Johnson
Johnson, que quer ganhar um novo mandato para aprovar seu acordo de separação do bloco, disse que descartou um pacto com todos os outros partidos, porque isso só tornaria mais provável que o líder trabalhista da oposição Jeremy Corbyn se tornasse primeiro-ministro.
Os conservadores de Johnson estão liderando as pesquisas, mas, com o país ainda fortemente dividido sobre o Brexit, o resultado é altamente imprevisível.