De acordo com um novo estudo, há 3,6 mil rinocerontes negros na natureza – um aumento de 500 animais nos últimos dois anos.
Os dados são do Grupo Especialista em Rinocerontes Africanos (AfRSG, na sigla em inglês) da Comissão de Sobrevivência das Espécies da IUCN e da organização conservacionista Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).
Caça, guerra e o aumento da demanda por terras levou a um declínio da população da espécie a partir da década de 70.
Nos anos 1970, a população de rinocerontes negros era de cerca de 65 mil. Em meados dos anos 1990, esse número tinha caído para 2,4 mil.
Taye Teferi, da WWF, diz que o maior desafio agora é manter os investimentos em conservação e os esforços em campo.
“A demanda ilegal pelo chifre (do animal), alto índice de desemprego, pobreza e necessidade de terras, guerras, disponibilidade de armas e instabilidade interna – tudo isso representa uma ameaça para populações de rinocerontes”, afirmou Teferi.
O chifre do rinoceronte é usado por praticantes da medicina tradicional do Extremo Oriente. No Oriente Médio ele costuma ser esculpido e polido para servir de cabo de adagas.
Já o número de rinocerontes brancos, que chegou a apenas 50 exemplares há cem anos, agora está em 11 mil e parece ter estabilizado.
Mas duas subespécies de rinocerontes ainda correm risco de extinção. O rinoceronte branco do norte foi reduzido a uma população de pouco mais de 20 animais na República Democrática do Congo e continua vulnerável à caça.
E na República dos Camarões existiriam apenas um pequeno número de rinocerontes negros ocidentais.