Hélio foi baleado no rosto, quando agentes da Força entraram por engano na Vila do João, localidade do Complexo da Maré, Zona Norte do Rio
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
O militar Hélio Andrade, agente da Força Nacional de Segurança, continua internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Municipal Salgado Filho e seu estado de saúde é muito grave, informou nesta quinta-feira a Secretaria Municipal de Saúde.
Hélio foi baleado no rosto, quando agentes da Força entraram por engano na Vila do João, localidade do Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, e foram recebidos a tiros por homens armados. Outro militar que estava junto de Hélio no momento dos disparos foi ferido de raspão e está fora de perigo.
Horas depois do ocorrido, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, classificou o episódio como “lamentável e covarde”. Moraes prometeu uma resposta rápida à sociedade.
Desde o início da manhã desta quinta, agentes da Força Nacional fizeram uma operação no Complexo da Maré.
Nova perícia
O delegado titular da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, disse que uma nova perícia poderá ser feita no local onde uma equipe da Força Nacional foi atacada a tiros na quarta-feria, na Vila do João, no Complexo da Maré. Barbosa acompanhou a perícia feita na viatura sob forte esquema de segurança, incluindo três veículos blindados, policiais militares e civis, homens da Força e até do Exército.
– Vamos esperar o que os peritos vão dizer. Se acharmos necessário, voltaremos aqui quantas vezes forem necessárias, para que a gente possa entender a dinâmica do evento e depois identificar essas pessoas, que não têm nenhum compromisso com a vida – disse o delegado.
A perícia identificou a marca de apenas um tiro, no para-brisa da camionete dos agentes de segurança, mas o perito disse que outros tiros podem ter sido disparados pois os vidros laterais do veículo foram estilhaçados. Os três soldados erraram o acesso à Linha Vermelha e entraram na Vila do João e foram recebidos a tiros pelos traficantes que dominam a área, ocupada no passado pelas Forças Armadas, mas que voltou ao comando do tráfico.