O secretário de transportes do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osorio (PMDB), declarou nesta sexta-feira apoio ao protestos feitos por taxistas em diversas localidades do Rio contrários ao aplicativo Uber que conecta motoristas autônomos e usuários. Ele disse que o serviço de passageiros por meio de veículos que não sejam licenciados são ilegais. Aqueles envolvidos nesse tipo de transporte deverão ser multados.
Temos que parabenizar a categoria por ter organizado uma manifestação totalmente regular, de acordo com as autoridades municipais e minimizando o impacto no trânsito, disse o secretário, acrescentado que “a posição do Estado é muito clara: transporte individual de passageiros por cobrança. Pela nossa legislação só pode ser feita por veículos licenciados nos nossos municípios. O governo do Estado está à disposição de todos os municípios para fazer valer a lei.”
O secretário obervou que o Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro fará a fiscalização desses veículos. “Nesse mês de julho nos já apreendemos 34 carros particulares fazendo serviço irregular de passageiros. Na democracia existem duas coisas: ou se cumpre a lei ou a altera. Hoje a lei está valendo.”
O taxista Ismael Almeida que exerce a profissão há cinco anos, morador de Belo Horizonte, disse que está presente no protesto pelo orgulho de ser taxista. “Percorri mais de 500 quilômetros pelo orgulho de ser taxista. A nossa luta lá é a mesma que esta aqui. Nós somos legalizados, portanto, não somos bandidos. Se eles não são legalizados estão contra a lei e devem ser punidos por isso”. Ismael finalizou dizendo que, por conta do aplicativo, o prejuízo é cerca de 35 % do faturamento mensal e que até conflitos entre os próprios taxistas tem ocorrido devido à escassez de corridas.
O empresário Edson Dias usuário de táxis há 32 anos, concorda com a posição do secretário de Transportes, porém acha que a ideia do aplicativo pode ser útil. “Outras alternativas são interessantes sim, afinal se você for ver no horário de pico não se consegue pegar um táxi aqui no Rio”.