Risco-país desaba e fica abaixo dos 500 pontos

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Publicado segunda-feira, 1 de dezembro de 2003 as 19:46, por: CdB

O risco-país, que mede a confiança do investidor estrangeiro na economia brasileira, registra 499 pontos, baixa de 5,84%..O papel fechou negociado pela maior cotação da sua história: 97,437% do valor de face.

Uma recompra dos papéis ajudaria a melhorar o perfil de endividamento do país, aumentando as chances de uma elevação do rating do Brasil pelas agências de classificação. Com os rumores, o risco-Brasil despencou e ficou abaixo da barreira dos 500 pontos pela primeira vez desde o dia 5 de maio de 1998. O indicador, medido pelo banco americano JPMorgan, recuou 5,8%, aos 499 pontos.

Segundo operadores, caso a recompra dos C-Bonds não seja realizada, o governo brasileiro poderá realizar uma nova captação no mercado internacional ou alguma operação de troca de títulos. Há também expectativas positivas dos investidores estrangeiros em relação a uma melhora do “rating” da dívida soberana do Brasil, após elogios feitos na semana passada pela agência S&P (Standard & Poor’s).

Nos últimos meses, o Tesouro Nacional comprou, via Banco do Brasil, lotes expressivos de dólares no mercado de câmbio. Estima-se que, só na semana passada, essas compras totalizaram cerca de US$ 1 bilhão. Esses recursos poderiam ser utilizados para a recompra dos títulos da dívida.

Desde novembro, analistas do mercado de títulos da dívida emergentes também comentam que o governo brasileiro prepararia um novo lançamento de bônus no exterior. A diferença é que os títulos seriam denominados em euro. Falava-se, na época, que a operação poderia chegar a 1,5 bilhão de euros (US$ 1,75 bilhão). Os papéis teriam vencimento entre dez e 13 anos.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,59%, com o Ibovespa registrando 20.504 pontos. As maiores altas: Tele Lest Cl Pn (9,20%), V C P Pn (6,50%) e Comgas Pna (6,37%). As maiores baixas: Eletrobras On (3,63%), Copel Pnb (2,74%) e Celesc Pnb (2,65%). O dólar comercial fechou em baixa de 0,78%, cotado a R$ 2,923 para compra e a R$ 2,925 para venda, no mercado paulista.