Romaria de militantes de esquerda chega a Curitiba e monta acampamento

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Publicado Domingo, 08 de Abril de 2018 às 14:26, por: CdB

“Os sindicatos filiados à CUT vão resistir. Exigiremos em nossos discursos, atos e reivindicações, a liberdade de Lula, que é preso político”, afirmou o líder de esquerda e presidente da CUT, Vagner Freitas.

 

Por Redação - de Curitiba

 

Embora o judiciário local tenha promovido a proibição formal aos acampamentos na capital paranaense, centenas de militantes de movimentos sociais organizam caravanas para manter vigília diante da Superintendência da Polícia Federal. É o local onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso, desde a noite passada.

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Prisão de Lula torna a sede da PF, em Curitiba, um centro de romaria de militantes da esquerda

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, enfatizou o discurso da resistência.

— Os sindicatos filiados à CUT vão resistir. Exigiremos em nossos discursos, atos e reivindicações, a liberdade de Lula, que é preso político. Quem quer prender o Lula são os banqueiros; os ruralistas, os empresários e o capital financeiro nacional e internacional — afirmou a jornalistas.

Vandalismo

Segundo o dirigente, haverá vigília permanente diante da Superintendência da PF em Curitiba.

— Vamos definir quais as categorias que estarão se revezando nessa vigília — acrescentou.

Na manhã deste domingo, o líder de esquerda e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, escreveu em rede social sobre críticas feitas por um magistrado. “(O juiz) Marcelo Bretas é tuiteiro e nas horas vagas é juiz federal. Para ele, manifestação em defesa de Lula é vandalismo. Para mim, vandalismo é um juiz e sua mulher receberem 8 mil reais de auxílio-moradia morando na mesma casa, sem pagar aluguel”, aponta.

Depoimento

Momentos antes de se entregar à PF, na noite passada, Lula conversou com Frei Betto. O religioso estava ao lado do líder petista no momento da prisão anterior, ainda durante a ditadura militar. Na conversa, Lula traçou um perfil psicológico de Sergio Moro.

— Eu estive lá prestando depoimento, eu vi, ele tem uma mente doentia — afirmou.

Lula, no entanto, se disse tranquilo e se mostrou confiante na Justiça.

— Pode demorar um pouquinho, mas vou sair de lá mais forte — imagina.

Apoio

Nas páginas de apoio ao pré-candidato Ciro Gomes (PDT), embora tenha dito que não compareceria ao ato de apoio ao ex-presidente Lula “de jeito algum”, o ex-governador cearense sai em defesa do líder petista.

“Estou acompanhando com muita tristeza tudo que está acontecendo com o ex-presidente e meu amigo Luiz Inácio Lula da Silva. Por mim, e por muitos brasileiros, especialmente os mais pobres, por quem ele tanto fez.

“Espero que os próximos recursos possam prontamente quanto possível estabelecer sua liberdade. Parte importante do país na qual me incluo, não consegue ver justiça, muito menos equilíbrio em um providência tão amarga, enquanto remanescem intocados notórios corruptos do PSDB”, concluiu.

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