A governadora do Rio, Rosinha Matheus (PSB), afirmou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que é contrária à taxação dos servidores públicos inativos, um dos pilares da proposta apresentada pelo governo federal para a reforma da Previdência.
Disse ainda que a discussão, no âmbito da reforma tributária, sobre mudança na cobrança do ICMS dos Estados de origem para os de destino não deve ser adiada, como quer o governo Lula.
O governo estadual é a favor da uniformização na cobrança -seja na origem ou no destino. Isso porque hoje só a cadeia do petróleo é taxada nos Estados que consomem os produtos, o que traz, segundo ela, prejuízo às finanças do Estado. O Rio, que consome mais bens do que produz, também não perderia receita se o recolhimento do imposto passasse a ser feito só na origem.
Rosinha criticou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, que, segundo ela, defendeu o adiamento da discussão por se tratar de um tema polêmico. Em resposta, ela afirmou: “Polêmica por polêmica a taxação dos inativos também é, e isso foi decidido porque interessava ao governo”.
Pela proposta, os inativos do setor público que ganham mais de R$ 1.058 contribuirão com 11% sobre seus vencimentos.
Na reunião de Lula com os governadores, foi Rosinha quem mais se manifestou contra as propostas. Apesar disso, o deputado federal Alexandre Cardoso, presidente do diretório do Rio, disse que o PSB ainda não decidiu qual será sua posição ao votar as reformas. A definição ocorrerá em maio, quando o PSB promoverá seminário para debater o tema.