O Reino Unido disse nesta terça-feira que o primeiro grupo de imigrantes ilegais sem direito de permanecer no páis será informado nesta semana sobre a intenção do governo de realocá-los para Ruanda sob seu novo plano de imigração.
Por Redação, com Sputnik – de Londres
Algumas pessoas que buscam asilo no Reino Unido serão transferidas para Ruanda, a mais de 6,5 mil km de distância, segundo os novos planos do governo britânico.
O Reino Unido disse nesta terça-feira que o primeiro grupo de imigrantes ilegais sem direito de permanecer no páis será informado nesta semana sobre a intenção do governo de realocá-los para Ruanda sob seu novo plano de imigração.
O governo, que no mês passado estabeleceu planos para enviar requerentes de asilo para o país da África, disse esperar que os advogados que representam alguns dos notificados apresentem reivindicações para impedir a remoção.
Ainda assim, de acordo com informações publicadas pelo governo do Reino Unido, os primeiros voos estão previstos para nos próximos meses”.
– Esta é apenas a primeira etapa do processo e sabemos que levará tempo, pois alguns tentarão frustrar o processo e atrasar as remoções – disse a secretária do Interior Priti Patel em comunicado.
O polêmico programa faz parte de um conjunto de medidas mais duras do governo para reduzir o número de requerentes de asilo que chegam ao país em pequenos barcos por meio do Canal da Mancha.
Nas últimas semanas, Priti Patel, esteve no país africano para assinar o acordo de US$ 150 milhões (R$ 769,9 milhões) que envolve testar a política anti-imigração com homens solteiros que chegam ao Reino Unido.
“Traficantes de seres humanos”
Em um discurso na última quinta-feira, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson confirmou o programa, dizendo que era necessário “salvar inúmeras vidas” e impedir que “traficantes de seres humanos” transformassem o oceano em um “cemitério aquático”.
Ele disse que, sob o novo esquema, qualquer pessoa que chegue ao Reino Unido ilegalmente pode ser “realocada” para Ruanda.
Estatísticas oficiais apontam que, no ano passado, 28.526 indivíduos atravessaram o Canal da Mancha em pequenas embarcações, ante 8.404 pessoas em 2020.
O novo programa foi amplamente criticado tanto por grupos humanitários, que chamaram os planos de cruéis, quanto por partidos da oposição, que dizem que será “impraticável, antiético, perdulário e ineficaz”.