"Assad deve sair" foi por muito tempo o mantra do Alto Comitê e de seus apoiadores internacionais. A guerra civil na Síria já dura seis anos.
Por Redação, com agências internacionais - de Genebra
As negociações lideradas pelas Nações Unidas sobre a Síria têm chance de progredir, uma vez que “as demandas pela derrubada do presidente Bashar al-Assad diminuíram”, disse o embaixador da Rússia em Genebra, Alexei Borodavkin, a jornalistas, neste sábado.
A sétima rodada de negociações, que acabou na sexta-feira, produziu resultados positivos, especialmente uma "correção" na abordagem da principal delegação da oposição, o Alto Comitê de Negociações apoiado pela Arábia Saudita, disse ele.
— A essência dessa correção é a de que durante essa rodada a oposição nunca demandou a imediata renúncia do presidente Bashar al-Assad e do legítimo governo sírio — acrescentou.
Assad no poder
O Comitê e seus apoiadores nas capitais ocidentais e do Golfo perceberam que a paz precisava vir primeiro. Então, as reformas políticas “poderiam ser negociadas”, afirmou.
"Assad deve sair" foi por muito tempo o mantra do Alto Comitê e de seus apoiadores internacionais. Trata-se de um pedido rejeitado pela Rússia, que é amplamente vista como o poder de equilíbrio na Síria por seu envolvimento militar e aliança com Assad.
Petróleo da Síria
Ainda neste sábado, as forças governamentais da Síria retomaram o controle de quatro campos petrolíferos. Todos eles nas províncias de Raqqa e Deir ez-Zor. Os fatos foram publicados na agência russa de notícias Sputnik, com base em declarações de uma fonte militar síria.
— O Exército Árabe Sírio retomou o controle de uma série de localidades na parte sul da província de Raqqa e a oeste de Deir ez-Zor. Quatro campos petrolíferos (…) voltaram para a gestão (do governo sírio) — disse o interlocutor da agência.
Segundo a fonte, a situação na maioria das regiões sírias está agora normalizada. O exército sírio realiza avanços, eliminando os militantes do Daesh (ou EI [Estado Islâmico], grupo considerado terrorista e proibido na Rússia e na maioria dos países que integram a ONU) na província de Raqqa, bem como em Homs, As-Suwayda e Hama.
A Síria se encontra mergulhada em uma sangrenta guerra civil desde março de 2011. As forças do governo têm combatido grupos diversos da oposição armada, incluindo organizações terroristas como o EI e Frente al-Nusra.