O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que agentes russos estão investigando uma possível ligação entre a Al Qaeda e os rebeldes chechenos, supostos responsáveis pela queda de dois aviões de passageiros há uma semana.
Em uma reunião com os líderes da França e da Alemanha, Putin também defendeu as eleições na turbulenta região da Chechênia. Grupos de defesa dos direitos humanos denunciaram que o pleito foi manipulado, e os EUA e a União Européia consideraram as eleições falhas.
– O rastro dos terroristas que ainda operam na Chechênia está confirmado de novo, pelo menos uma das organizações terroristas internacionais ligadas à Al Qaeda assumiu a autoria dos atos terroristas – disse ele em uma entrevista, depois de se reunir com o chanceler alemão Gerhard Schroeder e o presidente francês, Jacques Chirac.
– Essa acusação ainda precisa ser provada por nossas forças de segurança. Mas, é um fato que ocorreram explosões a bordo dos dois aviões russos e, se uma organização terrorista ligada à Al Qaeda assumiu a responsabilidade, isso confirma a ligação entre forças específicas na Chechênia e o terrorismo internacional –
Na semana passada, um grupo islâmico que se autodenomina Islambouli disse na Internet que seus seguidores derrubaram os dois aviões no dia 24 de agosto, matando 90 pessoas, para vingar o assassinato de muçulmanos, perpetrados pela Rússia, na Chechênia. Separatistas chechenos moderados acusaram as forças especiais russas de divulgar informações erradas e negaram qualquer ligação com o grupo.
Putin disse a Chirac e Schroeder que não permitirá que a Rússia se fragmente e disse que a integridade territorial do país está fora de questão.
– O importante é que o senhor Putin expressou claramente a posição da Rússia. É necessária uma solução política e isso é o que a Rússia quer – disse Chirac.