Rússia e Opep tentam, mais uma vez, fechar acordo de preços

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Publicado Domingo, 12 de Abril de 2020 às 15:01, por: CdB

O grupo, conhecido como Opep+, iniciou uma videoconferência às 13h (horário de Brasília), que durou toda a tarde. O resultado ainda não havia sido divulgado, até o fechamento dessa edição.

Por Redação, com Reuters - de Bruxelas
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Rússia e outros países produtores de petróleo se reuniram neste domingo em uma tentativa de fechar um acordo sobre o maior corte de petróleo de todos os tempos, representando 10% da oferta global, depois que esforços iniciais para apoiar os preços do petróleo em meio à pandemia do coronavírus foram bloqueados pelo México.
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O preço do petróleo despencou, em todo o mundo, devido à pandemia covid-19
O grupo, conhecido como Opep+, iniciou uma videoconferência às 13h (horário de Brasília), que durou toda a tarde. O resultado ainda não havia sido divulgado, até o fechamento dessa edição. Na quinta-feira, a Opep+ esboçou planos para reduzir a produção em mais de um quinto, ou em 10 milhões de barris por dia (bpd), mas o México recusou os cortes de produção que foi solicitado a fazer, adiando a assinatura de um acordo final. — A reunião ministerial entre membros e não-membros da Opep é uma continuação da reunião de 9 de abril — disse o ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, neste domingo.

Opep+

Medidas para conter a disseminação do coronavírus destruíram a demanda por combustível e reduziram os preços do petróleo, pressionando os orçamentos dos produtores de petróleo e prejudicando a indústria de xisto dos Estados Unidos, que é mais vulnerável a preços baixos devido aos seus custos mais altos. A Opep+ também disse que queria que produtores de fora do grupo, como Estados Unidos, Canadá, Brasil e Noruega, cortassem mais 5% da produção ou 5 milhões de bpd. O ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, disse na sexta-feira que, por questões legais, o governo brasileiro não tem influência sobre o mercado de petróleo, sendo apenas responsável pelas políticas públicas do setor. Também afirmou que a Petrobras, que é controlada pela União, já reduziu sua produção em 200 mil bpd, o que representa 20% do total das exportações de petróleo do Brasil.

Baixos preços

Canadá e Noruega sinalizaram disposição para cortar e os Estados Unidos, onde a legislação também dificulta a atuação em conjunto com cartéis como a Opep, disseram que sua produção cairia acentuadamente este ano devido aos baixos preços. O presidente do México, Andres Manuel Lopez Obrador, afirmou na sexta-feira que o presidente dos EUA, Donald Trump, se ofereceu para fazer cortes extras nos EUA em seu nome, uma oferta incomum de um Trump que há muito se opõe à Opep. Trump, que havia ameaçado a Arábia Saudita com tarifas sobre o petróleo se o país não resolvesse o problema de excesso de oferta do mercado, disse que Washington ajudaria o México pegando “parte da folga” e sendo reembolsado mais tarde. Ele não disse como isso funcionaria e a líder da Opep, a Arábia Saudita, até agora se recusou a aceitar o acerto, segundo fontes da Opep.
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