A Rússia protestou pelos bombardeios aéreos norte-americanos desta quarta-feira contra um bairro residencial de Bagdá, onde está localizada sua embaixada.
Com o protesto do Ministério das Relações Exteriores russo, crescem ainda mais as tensões bilaterais em torno da campanha militar no Iraque, liderada pelos Estados Unidos.
O embaixador norte-americano em Moscou, Alexander Vershbow, foi convocado ao ministério, onde recebeu o protesto formal, de acordo com uma nota oficial.
A Rússia “exigiu que os Estados Unidos tomassem medidas urgentes e exaustivas para que incidentes perigosos e inaceitáveis, como esse, não se repitam”, declarou a chancelaria.
O governo russo não informou se houve vítimas, mas ressaltou que a segurança “dos funcionários da representação diplomática esteve diretamente ameaçada”.
O embaixador russo em Washington, Yuri Ushakov, entregou um protesto similar às autoridades norte-americanas, acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin — que sempre se opôs ao uso da força para desmantelar as supostas armas de destruição em massa do Iraque –, disse que a campanha militar liderada por Washington foi um grande erro político, e advertiu que pode deflagrar a mais séria crise global desde a Guerra Fria.
A Rússia é um dos poucos países que não fecharam sua embaixada em Bagdá, onde ainda mantém 26 funcionários, segundo agências de notícias de Moscou.