Rússia responde às sanções impostas por nações do Ocidente

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Publicado Sábado, 26 de Fevereiro de 2022 às 12:03, por: CdB

Medvedev adiantou que a Rússia pode optar por sair do programa de controle de armas nucleares New START, que limita o arsenal das duas antigas potências da Guerra Fria. Além disso, Medveded escreveu também que "não há uma necessidade particular de manter relações diplomáticas" com alguns países ocidentais.

Por Redação, com agências internacionais - de Moscou
Vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev avisou neste sábado que o país pode optar por sair do acordo nuclear e congelar os ativos ocidentais na Rússia, considerando que as sanções são prova da "impotência política" do Ocidente.
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Vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev alerta para o risco de uma escalada militar na europa
Citado pela agência norte-americana Associated Press, Medvedev escreveu na sua página na rede social russa VKontakte que as sanções impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e outros aliados podem dar a Moscou um pretexto para uma revisão completa dos laços com o Ocidente. Na realidade, Medvedev adiantou que a Rússia pode optar por sair do programa de controle de armas nucleares New START, que limita o arsenal das duas antigas potências da Guerra Fria. Além disso, Medveded escreveu também que "não há uma necessidade particular de manter relações diplomáticas" com alguns países ocidentais e acrescentou: "Podemos olhar uns para os outros através de binóculos e miras de armas”.

Defesa russa

Na mensagem, o executivo levanta ainda a possibilidade de congelar ativos financeiros de empresas e pessoas ocidentais na Rússia e disse que as sanções impostas à Rússia são um reflexo da "impotência política" do Ocidente. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia. Nas palavras do líder russo, toda a responsabilidade pelo derramamento de sangue cabe ao "regime ucraniano". Ele exortou ainda os militares da Ucrânia a não cumprirem as ordens "criminosas" das autoridades de Kiev, a deporem as armas e a irem para casa.
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