Santander perde 40% do lucro na crise desencadeada pela covid-19

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Publicado Quarta, 29 de Julho de 2020 às 11:53, por: CdB

O total de provisões para perdas com operações de crédito mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior, paraR$ 6,534 bilhões. Ao contrário de seus rivais, o Santander Brasil ainda não havia feito um colchão para o aumento esperado na inadimplência.

Por Redação, com ACSs - de São Paulo
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O Santander tem oferecido empréstimos consignados
O Santander Brasil reportou, nesta quarta-feira, queda de mais de 40% no lucro do segundo trimestre, após provisionar R$ 3,2 bilhões para potenciais perdas com empréstimos por causa da crise desencadeada pelo coronavírus, seguindo medidas já tomadas pelos concorrentes no primeiro trimestre. O lucro líquido recorrente somou R$ 2,136 bilhões no segundo trimestre, queda de 41,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, praticamente em linha com a média das expectativas compiladas pela Refinitv, de R$ 2,213 bilhões. O total de provisões para perdas com operações de crédito mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 6,534 bilhões. Ao contrário de seus rivais, o Santander Brasil ainda não havia feito um colchão para o aumento esperado na inadimplência. Em comunicado, o banco disse que decidiu reservar alguns bilhões de reais após realizar um teste de estresse.

Pagamentos

Ainda assim, seu índice de inadimplência em 90 dias caiu de 3% para 2,4%, no primeiro trimestre. Como o Santander concedeu a seus clientes um período de carência de 90 dias para ajudá-los a enfrentar a crise do coronavírus, a inadimplência de empréstimos não reflete totalmente potenciais perdas relacionadas à crise do coronavírus. O retorno sobre o patrimônio do banco, um indicador de rentabilidade, ficou em 12%, queda de mais de 10 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. A receita com tarifas mais baixa, uma vez que os pagamentos com cartão caíram em meio às medidas de isolamento, juntamente com uma queda em serviços de conta corrente, também pressionaram o lucro líquido, superando os esforços do banco para cortar custos. Ainda assim, a carteira de empréstimos do banco cresceu 1,2% no trimestre, impulsionada por empresas de todos os portes. O estoque de crédito para pessoas físicas encolheu.
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