Passeando no gramado da Vila Belmiro. Foi assim, e em ritmo lento, que o Santos deixou seu estádio com uma empate de 1 x 1 com o equatoriano El Nacional na noite desta quarta-feira, em sua última partia pela primeira fase da Taça Libertadores da América.
Ricardo Oliveira e Chala marcaram os gols. Agora, os brasileiros enfrentam o Nacional, do Uruguai, em duas partidas pelas oitavas-de-final da competição.
No início do jogo, a pouca torcida presente no estádio lamentava o adiamento da inauguração do novo placar eletrônico marcado para esta quarta-feira e temia a falta de motivação de seu time.
Em parte, as vozes da arquibancada tinham razão. Desmotivado, o Alvinegro praiano só conseguiu dominar o jogo devido à fragilidade do adversário que, mesmo precisando da vitória, tinha como preocupação mor a marcação.
A primeira oportunidade de gol santista apareceu apenas aos 8min, quando o lateral-esquerdo Léo cruzou para o volante Fabiano, de calcanhar, mandar por cima do travessão. Aos 12min, Ricardo Oliveira interceptou um tiro de meta, invadiu a área, mas mandou a bola nas mãos do goleiro Sánchez.
Aos 19min, ele não desperdiçou. Pegou a bola intermediária, trouxe para a perna esquerda e acertou uma bomba, desviando no zagueiro, no ângulo direito e Sánchez: 1 x 0. Foi o sexto dele na Libertadores, gol que o deixou na artilharia junto com Robson, do Paysandu.
Daí até o final do primeiro tempo, os santistas tentaram abusar dos lances plásticos e criaram, no mínimo, mais duas chances claras de gol. Aos 29min, Elano subiu pela direita, cruzou à meia altura forte, mas ninguém aproveitou. Seis minutos depois, Fabiano foi lançado na área mas deixou a zaga dominar a jogada.
Para alegria dos equatorianos, um único ataque, aos 42min deste primeiro tempo, levou perigo ao gol de Fábio Costa. Foi em um arremate forte do meia Méndez, que mandou a bola na trave do goleiro.
No entanto, o segundo tempo reservava surpresas para El Nacional. Mais aguerrido e não tão submisso, os equatorianos surpreenderam com um golaço aos 12min. Chala, ao pegar um rebote dentro da área, tentou dar uma bicicleta sem jeito e acertou o ângulo oposto de Fábio Costa: 1 x 1.
A partir do gol, o passeio santista em campo passou a ser perigoso. Até porque o time voltou a demonstrar erros que já se tornaram normais na temporada: falhas na marcação, falta de criatividade no meio e conclusões sem direção.
Tanto que a as duas oportunidades apara ampliar o placar foram de bolas paradas: aos 20min com Nenê, pela esquerda na linha da grande área e com Diego, aos 40min, da intermediária. Na primeira, a bola tirou tinta da trave, na segunda, parou nas mãos do goleiro.
E o El Nacional, já destemido, aproveitava os espaços oferecidos pelo Santos. Grueso, por pouco, não virou o marcador de cabeça em mais um lance inesperado dos equatorianos.
SANTOS 1 x 1 EL NACIONAL
Santos
Fábio Costa: Elano, Preto, André Luís e Léo; Alexandre (Daniel), Fabiano (Wellington), Diego e Nenê (Rubens Cardoso); Robinho e Ricardo Oliveira
Técnico: Emerson Leão
El Nacional
Sánchez; Bran (Erick De Jesús), Franklin Anangonó, Jorge Guagua e Luis Checa; Juan Carlos Burbano, David Quiroz, Édison Méndez e Cléber Chalá (Lara); Ángel Fernández e Carlos Grueso
Técnico: Paulo Massa
Data: 16/4/2003 (Quarta-feira)
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos
Árbitro: Oscar Sequeira (Argentina)
Auxiliares: Sergio Pezzota (Argentina) e Abraham Serrano (Argentina)
Público: 4.104
Renda: R$ 33.3395
Cartões amarelos: Nenê, Diego (S); Bran (N)
Gols: Ricardo Oliveira, aos 19min do 1T; Chala, aos 12min do 2T