Nesta quarta-feira, durante entrevista coletiva na sede do Comando Militar do Leste, o general Hélio Macedo, chefe do Estado-Maior do CML, e o secretário de segurança do estado, Marcelo Itagiba, não apresentaram detalhes sobre a forma como o Exército chegou aos dez fuzis e uma pistola roubados no dia 3 de um quartel em São Cristóvão. As armas foram localizadas no início da noite desta terça-feira na trilha de uma mata perto da favela da Rocinha, em São Conrado.
O secretário Marcelo Itagiba repetiu o que já tinha sido dito na véspera pelo comandante militar do Leste, general Domingos Curado, ou seja, que o Exército não faz acordo com traficantes para devolução de armas. Assim, continua em sigilo como foi e de onde partiu a denúncia que permitiu a localização do armamento:
- Vou preservar a minha fonte, porque este é um trabalho de inteligência e a investigação não chegou ao fim - disse Itagiba.
Indagado se não achava estranho o fato de criminosos organizados roubarem as armas e as deixarem juntas num mesmo local para que fossem encontradas, o secretário de Segurança respondeu:
- As armas podem ter sido abandonadas porque ninguém queria ser pego com elas. As armas ainda estavam quentes - afirmou.
Ainda em entrevista a uma rádio do Rio, o relações-públicas do Comando Militar do Leste, coronel Fernando Lemos, explicou que o tráfico vinha tendo prejuízo com as ações das Forças Armadas e por isso os dez fuzis e a pistola apareceram.