Preocupado com a baderna nas arquibancadas do estádio Beira-Rio no clássico entre Grêmio e Inter neste domingo, o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Omar Amorim, aponta para a presença de apenas a torcida de um dos times como uma solução de paz nas partidas entre as equipes.
Omar Amorim disse à imprensa gaúcha, nesta segunda-feira, que a situação de ontem é típica das “guerras” de torcida dos clubes da Argentina e que a presença de apenas uma torcida (ou a do Grêmio ou a do Inter) no Gre-Nal seria um caminho para garantir o duelo com menos tensão.
O secretário concluiu que irá discutir o assunto com o Ministério Público para que possam encontrar a melhor solução, para tentar garantir a segurança dos gaúchos.
Ontem, a torcida gremista promoveu uma “guerra civil” com policiais do estádio. Primeiramente, antes do início do jogo, os fanáticos tricolores derrubaram grades de separação do local e partiram para cima das autoridades lançando bombas de fabricação caseira e pedras contra as autoridades, que conseguiram controlar a situação para o início da partida.
Depois, no intervalo, eles entraram novamente em confronto com a polícia, descendo da arquibancada e cercando os oficiais contra a grade inferior que cerca o gramado, situação que foi novamente controlada.
Não satisfeitos, os torcedores do Grêmio reiniciaram a baderna no decorrer do segundo tempo, e, desta vez, conseguiram arremessar um banheiro químico à beira do gramado e incendiá-lo em seguida, provocando uma grande fumaça que interrompeu a partida por duas vezes e mobilizou bombeiros os quais levaram alguns minutos para acabar com o foco.