Seis pessoas morreram quando soldados brasileiros da Organização das Nações Unidas (ONU) invadiram uma favela de Porto Príncipe, na quarta-feira, em busca de atiradores, disseram autoridades da ONU.
Um porta-voz dos soldados brasileiros, o coronel Jorge Smicelato, disse que seis suspeitos foram mortos na investida, que pretendia conter a violência na favela de Bel-Air. Nenhum soldado da ONU foi ferido.
Uma mulher que havia sido sequestrada foi libertada quando seus captores fugiram da casa que servia de cativeiro durante a ação, segundo o porta-voz.
– Os mortos eram bandidos armados que atiraram contra nossos soldados. Ninguém da população civil foi ferido – acrescentou Smicelato.
O Haiti enfrenta uma crise política e uma onda de violência desde que o então presidente Jen-Bertrand Aristide foi deposto, em fevereiro de 2004, após uma sangrenta rebelião. O país vem sofrendo uma onda de sequestros.
Soldados da ONU foram enviados ao Haiti após a partida de Aristide, a fim de ajudar a estabilizar o país antes das eleições agendadas para outubro e novembro.
Atualmente, há cerca de 7.400 soldados nas Nações Unidas no Haiti e o Conselho de Segurança votou há uma semana o envio de mais 1.000 soldados e policiais para a missão.
Outras duas pessoas foram mortas a tiro na quarta-feira, em um incidente separado perto de Bel-Air. Testemunhas disseram que elas foram mortas por atiradores com uniformes pretos.