Depois de superar uma maratona de nove horas para viajar de Córdoba para Santa Fé, a seleção brasileira masculina de vôlei continuou a sofrer com a desorganização do Campeonato Mundial, que está sendo disputado na Argentina. Nesta quinta-feira, os brasileiros tiveram que improvisar para conseguir chegar ao local de treinamento no horário determinado. A saída para o treino marcada para 12:00 e os jogadores ficaram esperando o ônibus que os levaria para o ginásio do Clube Atlético Unión por 45 minutos. Sem sucesso na espera, a solução encontrada foi pedir seis táxis para transportar toda a delegação. Descontentes, os brasileiros, enfim, conseguiram chegar a tempo e treinar das 13:00 às 14:30. Durante a espera, o meio-de-rede Henrique não escondeu a insatisfação. "Em Córdoba, estava tudo muito bom para ser verdade", disse o jogador, referindo-se as boas condições recebidas pelo Brasil na primeira cidade em que esteve neste Mundial. Para o chefe da delegação brasileira, Paulo Márcio da Costa, o feito é inédito em seus 43 anos de voleibol. "Só tinha visto algo parecido na década de 60, quando o vôlei está começando a surgir. Na atualidade, é inacreditável", comentou Paulo. Por sua vez, a organização do torneio informou que o atraso do ônibus deveu-se à mudança de última hora no horário da programação de treinamentos, feita pelo próprio comitê. O Brasil vai estrear na segunda fase do Mundial na sexta-feira contra a República Checa, a partir das 16:10 (horário de Brasília). Ricardinho é poupado em treino O levantador Ricardinho foi poupado no treino da seleção brasileira masculina de vôlei nesta quinta-feira, pois voltou a sentir dores na região lombar. "Ele vai continuar fazendo fisioterapia e tratamento com acupuntura", "O Ricardinho sentiu novamente uma contratura na região lombar e está com dores", informou o médico da delegação, Álvaro Chamecki. "Ele vai continuar fazendo fisioterapia e também acupuntura". O jogador acredita que a longa viagem da véspera pode ter prejudicado sua melhora. "No jogo contra os Estados Unidos, estava bem; contra o Egito senti um pouco de dor; mas, piorou depois da viagem", contou Ricardinho. "Por isso, quero me recuperar para poder jogar as partidas". Na quarta-feira, a delegação brasileira demorou nove horas para chegar de Córdoba a Santa Fé, separadas por 350 quilômetros, um trajeto que poderia ser completado em cinco horas, de ônibus.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Seleção brasileira masculina de vôlei vai de táxi para o treino
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Publicado Quinta, 03 de Outubro de 2002 às 21:04, por: CdB
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