Dezoito candidatos decidiram concorrer às eleições que serão realizadas na Sérvia no dia 13 de junho, nas quais o país elegerá um novo presidente, cargo vago desde dezembro de 2002. O prazo para a apresentação das candidaturas expirou à zero hora desta segunda-feira.
Até agora, a Comissão Eleitoral (RIK) verificou a documentação de 12 candidatos, mais outros seis restantes têm dois dias para corrigir alguns detalhes. A lista definitiva dos candidatos deverá ser divulgada no dia 28.
A eleição de junho será a quarta convocada em um ano e meio devido à insuficiente participação dos eleitores, inferior a 50% nos últimos três pleitos. Conseqüentemente, em fevereiro deste ano, o Parlamento sérvio aboliu a exigência legal de uma presença superior à metade do censo eleitoral para a validade das eleições.
Segundo as pesquisas, os principais candidatos são o opositor ultranacionalista Tomislav Nikolic, o reformista e governista Dragan Marsicanin e o também reformista e oposicionista Boris Tadic.
A previsão é de que nenhum dos candidatos vá conseguir a vitória no primeiro turno e de que, no segundo, duas semanas mais tarde, concorrerão Nikolic e um dos dois citados candidatos reformistas.
Entre os candidatos há duas mulheres, a diretora da televisão local de Cuprija, Ljiljana Arandjelovic, do pequeno e extraparlamentar partido Sérvia Unida, e uma princesa, Jelisaveta Karadjordjevic, membro da família real sérvia.
Jelisaveta Karadjordjevic, apoiada nas eleições presidenciais pela associação “Iniciativa para uma Sérvia Mais Bela”, é filha do príncipe Pavle, que governou a Iugoslávia de 1934 a 1941, após o assassinato de seu primo, o rei Aleksandar I.
O mandato do último presidente, o socialista Milan Milutinovic – antigo membro do regime de Slobodan Milosevic – expirou no final de 2002. Desde então, a presidência da Sérvia está a cargo do presidente do Parlamento.