Serviços de streaming na América Latina sofrem com a crise e ritmo de crescimento fica pior em 2021

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Publicado Quarta, 08 de Dezembro de 2021 às 15:22, por: CdB

Da Redação

A crise econômica que afeta o Brasil, assim como todos os países da América Latina, também pegou os serviços de streamings. Após um crescimento recorde em 2020, o número de assinantes das principais operadoras continuou a aumentar nos últimos meses, mas em um ritmo muito inferior aos períodos anteriores. A Netflix, por exemplo, teve um dos piores resultados desde que começou a oferecer o serviço aos países latino-americanos. O questionamento é se essa queda continuará nos próximos meses de 2022.

Os números ruins foram divulgados pelas próprias empresas, como mostra a reportagem do site Valor Econômico. A gigante Netflix anunciou que possui 38,9 milhões de assinantes na América Latina, mas que o crescimento foi de apenas 330 mil novos usuários. Esse foi o pior crescimento anual que a empresa já registrou na região, isso significa um recorde negativo que precisa ser acompanhado. Porém, não faltam motivos para entender esse momento ruim.

corre999.jpgFonte: Unsplash

Apesar do catálogo variado e com muitas produções originais, os serviços de streaming não conseguiram sair ilesos da crise. A mensalidade de quase todas as plataformas subiram, e isso afetou drasticamente a chegada de novos assinantes. Em uma pesquisa feita pela Sherlock Communications, foi possível identificar um certo receito dos clientes da América Latina. Cerca de 57% das pessoas na região estão considerando cancelar a assinatura caso as taxas continuem a subir.

O curioso é que no Brasil esse percentual é ainda maior, com 59% cogitando realizar a mesma ação. Ou seja, o preço cobrado por essas plataformas é um fator essencial aos assinantes. Com o aumento do dólar, e os problemas econômicos enfrentados em quase todos os países latino-americanos, é possível que as taxas fiquem ainda maiores e isso afaste novos assinantes. É um momento delicado para um entretenimento digital que só cresceu nos últimos anos.

Bons exemplos no mercado

Apesar do resultado ruim dos serviços de streaming, o mercado digital não teve em 2021 um ano ruim. Alguns setores conseguiram registrar mais crescimento, e podem servir de exemplo para as áreas que sofreram com a crise de maneira mais acentuada. O e-commerce, por exemplo, conseguiu no primeiro semestre de 2021 um faturamento de R$ 53,4 bilhões no Brasil. Isso representa um crescimento de 31% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As lojas virtuais estão em alta, e com isso estão puxando também as redes sociais. Quase todas as plataformas usadas no país, como o Instagram e o Facebook, conseguiram ver um crescimento no número de usuários e também na interação com o serviço. Isso mostra que alguns setores digitais conseguiram evitar a crise que afetou toda a América Latina.

Até mesmo no entretenimento digital é possível ver alguns casos positivos. Os sites de cassino online se transformaram em uma boa alternativa para os fãs de apostas que não puderam viajar durante os últimos dois anos. Além de oferecer slots machines grátis com diferentes temáticas, como mostra a lista do site VegasSlotsOnline, essas mesas digitais de apostas também possuem uma grande variedade de jogos e bônus com descontos para os novos usuários. Mesa de pôquer, de blackjack e até mesmo de roleta estão entre as mais jogadas nesses cassinos interativos e totalmente digitais.

Investimento em 2022

A perspectiva para os serviços de streaming é acompanhar esses outros setores que continuam a crescer, principalmente em 2022. Esse otimismo é explicado pelo possível investimento que pode acontecer nos próximos meses. Além da chegada de novas plataformas, como a Discovery+, o mercado brasileiro também deve se recuperar financeiramente. A projeção é de uma possível queda do dólar, o que faria o valor das plataformas reduzirem.

Entretanto, ainda é difícil fazer uma leitura de como tudo vai acontecer nos próximos meses, pois resultados econômicos nem sempre seguem o previsto. A esperança dos consumidores é que o aumento da oferta faça com que os streamings diminuam de preço, algo que tem acontecido no final deste ano. A HBO Max, por exemplo, está oferecendo uma promoção de quase 50% de desconto aos novos usuários.

O streaming é um mercado que cresceu rapidamente nos últimos anos, assim como uma boa parte do entretenimento digital. Essa queda na taxa de novos assinantes é um sinal amarelo na América Latina, mas está longe de ser uma certeza de problema. Na verdade, é uma boa oportunidade para as empresas estudarem melhor o comportamento dos assinantes, e quem sabe oferecer alternativas com preços reduzidos.

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