Setor de serviços evolui, acima da meta prevista por economistas

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Publicado quarta-feira, 28 de agosto de 2024 as 19:48, por: CdB

“Parte determinante do desempenho do setor de serviços pode estar associada à intensificação do retorno da atividade econômica após o auge da crise da pandemia de covid-19, além do impulso em setores com forte integração com outras áreas da economia”, explicou o IBGE.

Por Redação – do Rio de Janeiro

O setor de serviços atingiu, logo após o fim da pandemia de covid-19, em 2022, o ápice de 1,640 milhão de empresas ativas, que empregaram um contingente recorde de 14,203 milhões de trabalhadores. Em apenas um ano, foram abertas mais de 145,9 mil companhias, e o setor criou mais 773,1 mil postos de trabalho, segundo dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

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O setor de serviços é considerado o motor da economia, mas está cada vez mais pressionado

“Parte determinante do desempenho do setor de serviços pode estar associada à intensificação do retorno da atividade econômica após o auge da crise da pandemia de covid-19, além do impulso em setores com forte integração com outras áreas da economia”, explicou o IBGE. “Os resultados da PAS 2022 estão inseridos nesse contexto de plena retomada das atividades produtivas e intensificação de setores-chave na vida de cidadãos e empresas, como é o caso de transportes e tecnologia da informação”, acrescentou.

A permanecer nesta linha do tempo, o setor de serviços não financeiros alcançou, em 2022, um contingente de 14,2 milhões de pessoas ocupadas. Isso significa um recorde no volume de mão de obra dentro da série histórica que começou em 2007 e um patamar 13,9% maior do que ocorreu em 2013, muito acima do previsto por economistas. A evolução na comparação com o ano de 2021 é de 5,8%, o que corresponde a 773,1 mil pessoas a mais ocupadas.

 

Receita

No acumulado entre 2019, ano imediatamente anterior à pandemia, e 2022, o volume de mão de obra avançou 10,3%. Entre as 34 atividades analisadas, cinco concentraram 47,3% das pessoas ocupadas do setor: Serviços de alimentação (11,6%); Serviços técnico-profissionais (11,4%); Transporte rodoviário de cargas (8,4%); Serviços para edifícios e atividades paisagísticas (8,2%); e Serviços de escritório e apoio administrativo (7,7%).

Segundo o analista da PAS, Marcelo Miranda, as 14,2 milhões de pessoas ocupadas receberam R$ 518 bilhões em salários e remunerações, trabalhavam em aproximadamente 1,6 milhão de empresas que geraram de receita operacional líquida R$ 2,7 trilhões e de valor adicionado bruto, R$ 1,5 trilhão.

— O que mostra um pouco a importância do setor de serviços dentro do país — comentou, em videoconferência realizada nesta manhã.

 

Isolamento

Apesar da alta de 10,3% no volume de mão de obra no acumulado entre 2019 e 2022, o segmento dos Serviços prestados, principalmente, às famílias, registrou redução de 3,2% ou 92,4 mil empregos a menos. A explicação neste caso foi o período da pandemia, quando grande parte da população passava por isolamento e não usava este tipo de atividade. No entanto, depois desse período vem registrando recuperação.

— Esse segmento possui atividades muito intensas em presenciais como restaurantes, hotelaria e isso explica um pouco essa perda de participação, mas a gente percebe que após 2020, em 2021 e 2022 vem se recuperando e ganhando mais participação ao longo dos últimos dois anos — resumiu.

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