Publicado Sexta, 12 de Março de 2021 às 08:30, por: CdB
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira o cancelamento do intercâmbio de defesa com Myanmar e a proibição de exportações de armas para o país, segundo à agência inglesa de notícias Reuters.
Por Redação, com Sputnik - de Seul
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira o cancelamento do intercâmbio de defesa com Myanmar e a proibição de exportações de armas para o país, segundo à agência inglesa de notícias Reuters.
Coreia do Sul cancela apoio de defesa e proíbe exportação de armas para Myanmar em meio a protestos
Após golpe de Estado e violenta ação de militares para cessar protestos populares, governo sul-coreano reconsidera ajuda ao país, mas garante abrigo a mianmarenses que estejam na Coreia do Sul.
A justificativa é o momento político em que Naypyidaw se encontra após sofrer golpe de Estado e instalação de regime militar em 1º de fevereiro, assim como as contínuas ações violentas por parte do governo, incluindo a morte de mais de 54 manifestantes e 1,7 mil prisões arbitrárias, durante os protestos populares que vieram a seguir.
"Apesar das repetidas demandas da comunidade internacional, incluindo a Coreia do Sul, há um número crescente de vítimas em Mianmar devido a atos violentos das autoridades militares e policiais", disse o ministério em um comunicado citado pela Reuters.
Exportações de outros itens estratégico
O governo sul-corenano também limitará as exportações de outros itens estratégicos, vai reconsiderar a ajuda ao desenvolvimento do país e concederá isenções humanitárias a cidadãos de Myanmar em Seul até que a situação melhore, segundo a mídia.
Ativistas realizaram mais comícios nesta sexta-feira, um dia após um grupo de direitos humanos relatar que os militares mataram 12 manifestantes que pediam o retorno à democracia no país, de acordo com a Reuters.
Também nessa sexta-feira, monges budistas sul-coreanos e mianmarenses que vivem na Coreia do Sul se deitaram na estrada durante protesto pedindo a recuperação da democracia em Naypyidaw em frente à embaixada do país em Seul.
O país do Sudeste Asiático está em crise desde que o Exército depôs o governo eleito de Aung San Suu Kyi em 1º de fevereiro, e a deteve junto com outros políticos do partido Liga Nacional para a Democracia.