Sibéria pode ter maior incêndio do mundo, alerta Greenpeace

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Publicado Quinta, 12 de Agosto de 2021 às 12:06, por: CdB

 

Segundo dados publicados localmente, a região de Sakha registrou uma alta de 3°C na sua temperatura anual desde o início do século XX. Os incêndios são até comuns nessa época do ano, mas os especialistas apontam que o que está sendo registrado em 2021 é anormal, tanto em extensão de área como de intensidade.

Por Redação, com ANSA - de Moscou

O incêndio que atinge a parte nordeste da Sibéria, na Rússia, pode se tornar "o maior registrado no mundo", alertam especialistas do Greenpeace em entrevista ao jornal local "The Moscow Times" nesta quinta-feira.
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Há semanas, região da Rússia tenta conter as chamas sem sucesso
O fogo se alastra pela República de Sakha (Yacutia), a "maior e mais gelada" região russa, há semanas e milhares de socorristas e bombeiros tentam conter as chamas - até agora, sem sucesso. Além do fogo, a fumaça se espalha por áreas enormes. Um dos diretores da ONG, Alexey Yaroshenko, disse que os incêndios "estão crescendo e devem atingir cerca de 400 mil hectares, o que seria o maior já documentado na história". "É impossível conter as chamas com os esforços humanos. Os bombeiros precisam apagar o fogo em uma linha que tem cerca de dois mil quilômetros de dimensão", pontuou ainda ao "TMT".

Temperatura

Segundo dados publicados localmente, a região de Sakha registrou uma alta de 3°C na sua temperatura anual desde o início do século XX. Os incêndios são até comuns nessa época do ano, mas os especialistas apontam que o que está sendo registrado em 2021 é anormal, tanto em extensão de área como de intensidade. A onda de incêndios neste ano é considerada uma das mais graves em todo o mundo, seja na Rússia, nos países do Mediterrâneo ou nos Estados Unidos. Nesta semana, um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão nas Nações Unidas (ONU), mostrou um alarmante relatório sobre o impacto da atividade humana no aumento da frequência de fenômenos meteorológicos extremos. A concentração de dióxido de carbono (CO2), por exemplo, é a maior em 2 milhões de anos.
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