Síria registra 31 assassinatos em campo de refugiados para militantes do EI

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Publicado Quarta, 03 de Março de 2021 às 08:14, por: CdB

A contagem mais do que dobrou, de acordo com as autoridades curdas, desde o último dia 8, quando as vítimas somavam 14. A insegurança no campo vem aumentando consideravelmente ultimamente.

Por Redação, com Sputnik - de Damasco
Pelo menos 31 homicídios foram registrados apenas neste ano em um campo sírio que abriga parentes de extremistas do Estado Islâmico (EI), ou Daesh (grupo terrorista proibido na Síria, na Rússia e em vários países).
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Síria registra 31 assassinatos em campo para parentes de terroristas do Daesh
Os números se referem ao campo de Al-Hol, na região do nordeste do país controlada pelos curdos. A informação foi confirmada à AFP nesta quarta-feira por um funcionário. – Desde o início de 2021, 31 pessoas foram assassinadas, das quais seis foram mortas com um objeto afiado, enquanto o restante foi alvejado (com arma de fogo) – afirmou o responsável pela instalação, Jaber Sheikh Mustafa, citado pela agência. A contagem mais do que dobrou, de acordo com as autoridades curdas, desde o último dia 8, quando as vítimas somavam 14. A insegurança no campo vem aumentando consideravelmente ultimamente. Nesta semana, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) decidiu suspender suas operações no local devido ao assassinato de um de seus membros.

Campo de Al-Hol

Estamos chocados e tristes com a morte de um membro da equipe e os ferimentos de três outros no campo de Al-Hol para deslocados, no nordeste da Síria. Os dois incidentes separados e trágicos demonstram o custo humano da violência e as condições de vida inseguras no campo. – Acreditamos que as células adormecidas do EI (Estado Islâmico ou Daesh) estão por trás desses assassinatos, que visam especialmente os residentes iraquianos do campo – disse Mustafa à Agence France-Presse, segundo a qual uma fonte humanitária disse recentemente que o acerto de contas tribal entre os residentes também pode ser responsável por alguns desses crimes. Al-Hol mantém atualmente cerca de 62 mil pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças, de diferentes nacionalidades e suspeitos de terem laços familiares com terroristas. A maior parte dos habitantes é formada por sírios ou iraquianos deslocados durante os avanços curdos na guerra contra o Daesh.
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