Sobe número de casos suspeitos de febre amarela em MG

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Publicado Quinta, 12 de Janeiro de 2017 às 08:48, por: CdB

Do total de registros, 16 são casos prováveis da doença, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e o resultado de um primeiro exame deu positivo

Por Redação, com ABr - de Belo Horizonte:

Subiu de 23 para 48 o número de pessoas com suspeita de febre amarela em Minas Gerais nos primeiros dias de 2017. Do total de registros, 16 são casos prováveis da doença, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e o resultado de um primeiro exame deu positivo para o vírus. O boletim foi divulgado no dia anterior pela Secretaria de Saúde do estado.

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Sobe para 48 número de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais em 2017

Entre os caso suspeitos de febre amarela, foram notificados 14 óbitos suspeitos. Sendo que oito também tiveram um primeiro exame positivo para o vírus.

O governo mineiro, em parcerIa com o Ministério da Saúde, anunciou medidas adotadas em surtos da doença. Como vacinação domiciliar e mudança da idade mínima para a imunização de nove meses de idade para seis. A orientação é que todos que moram no estado se imunizem contra a doença.

Sintomas da febre amarela

As primeiras manifestações da doença são repentinas e caracterizadas por febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A maioria das pessoas infectadas apresenta melhora após três dias, se recupera, e cria imunidade contra o vírus.

A forma mais grave se manifesta após o paciente apresentar um breve período de bem-estar. Nesses casos, podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

A vacina contra a febre amarela existe desde a década de 1930 e é disponibilizada gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É altamente recomendável que ela seja tomada por quem mora ou vai viajar para áreas com indícios da doença.

A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após um período de 10 anos. Segundo a SES-MG, o estado possui atualmente um estoque de aproximadamente 300 mil doses do imunizante e já foi feita uma solicitação de reforço ao Ministério da Saúde de 150 mil doses.

A população também deve ficar atenta a outras medidas de prevenção. A principal é a eliminação de água parada, que são os criadoudos dos vetores. O uso de repelentes em áreas com incidência da febre amarela também é recomendado.

Malária

Outra preocupação da SES-MG é a confirmação, no mês passado, de seis casos de malária em Diamantina (MG), na região do Vale do Jequitinhonha. O último diagnóstico para a doença no município havia ocorrido em 2012, de um paciente que se infectou ao viajar para Rondônia.

Segundo a SES-MG, Minas Gerais registrou 53 casos de malária em 2016, com duas mortes. Entre essas infecções, 46 foram importadas - o paciente se infectou fora do estado - e sete autóctones, quando a doença é contraída no próprio estado. Além dos seis casos de Diamantina identificados em dezembro, o outro foi registrado em Simonésia (MG).

O número evidencia um aumento. Em 2015, o estado teve 39 casos, nenhuma morte e apenas uma infecção autóctone. Entre 2010 e 2014, Minas Gerais não registrou nenhum caso autóctone.

O governo mineiro aponta que o local provável das infecções é o garimpo de Areinha, nos distritos de Inhaí e Maria Nunes, a 140 quilômetros do centro de Diamantina. Vivem no local entre 1 mil e 2 mil habitantes. Os seis pacientes já receberam alta e seguem o tratamento com medicamentos em casa.

A SES-MG está adotando medidas para controlar a doença, entre eles a distribuição de kits para diagnóstico e tratamento e a borrifação de inseticidadas no garimpo de Areinha e nos distritos. Os municípios próximos à Diamantina também foram alertados dos riscos.

A malária é uma doença infecciosa de regiões tropicais da África, Ásia e América. No Brasil, sua maior incidência é na região da Amazônia. A doença é causada por quatro tipos de protozoário. O mais letal é o Plasmodium falciparum. Já o de maior incidência é o Plasmodium vivax, que foi encontrado nas seis vítimas de Diamantina. Normalmente, ele não provoca morte.

O protozoário é transmitido por meio da picada de mosquitos do gênero Anopheles. Os sintomas da doença são calafrios fortes e temperatura alta, acompanhados de dor de cabeça, náusea e suor. Eles aparecem e desaparecem diversas vezes, compondo um ciclo, que pode ocorrer diariamente, em dias alternados ou a cada três dias. Esta situação pode durar de uma semana a um mês.

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