Sobe número de mortes no segundo dia de greve na Venezuela

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Publicado Quinta, 27 de Julho de 2017 às 08:43, por: CdB

O MP tinha informado que um adolescente de 16 anos morreu durante uma manifestação no bairro popular de Petare, em Caracas

Por Redação, com EFE - de Caracas:

A morte de um jovem de 23 anos no estado de Mérida, no Oeste da Venezuela, elevou para três o número de pessoas que perderam a vida em todo o país durante a greve geral de 48 horas promovida pela oposição contra o presidente Nicolás Maduro que começou no dia anterior.  A informação é da Agência EFE.

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Sobe número de mortes no segundo dia de greve geral

– A promotoria de Mérida investiga a morte de Enderson Caldera de 23 anos, que foi ferido (...) durante uma manifestação em Timotes – escreveu nesta quinta-feira, em seu perfil oficial no Twitter. O Ministério Público (MP) da Venezuela.

O MP tinha informado que um adolescente de 16 anos morreu durante uma manifestação no bairro popular de Petare, em Caracas. É considerada uma das maiores favelas da América Latina.

Antes, o MP tinha informado a morte de um homem de 30 anos, Rafael Antonio Vergara. Ele participava de uma manifestação em Mérida.

Agentes das forças da ordem e participantes da greve geral convocada pela oposição se enfrentaram na quarta-feira em vários pontos de Caracas. A Guarda Nacional Bolivariana (GNB, Polícia Militar) tentou dispersar os manifestantes.

Líderes da oposição

Líderes da oposição responsabilizaram diretamente o presidente Nicolás Maduro pelas mortes dos três manifestantes.

Com essas novas mortes, já são 103 pessoas que perderam a vida desde 1º de abril deste ano. Na atual onda de protestos contra o governo.

Segundo a organização de defesa dos direitos humanos Foro Penal Venezolano,  das 159 pessoas, 100 delas no estado de Zulia foram detidas no dia anterior nos protestos. E em operações policiais, que o grupo qualifica de arbitrárias e ilegais. Com isso, já são 4, 5 mil os detidos dentro dos protestos contra o governo.

Muitos estabelecimentos comerciais amanheceram com suas portas fechadas. Várias ruas seguem bloqueadas ao trânsito por cidadãos que exigem a renúncia do presidente Nicolás Maduro.

– Cumprimos mais de 24 horas da Greve Cívica, 24 horas para que a vontade do povo seja respeitada e detenham a fraude – escreveu no Twitter o deputado opositor Stalin González. Em alusão à Assembleia Constituinte promovida por Maduro. Cujos integrantes serão eleitos neste domingo para redigir uma nova Carta Magna.

A greve geral conta com o apoio de mais de 350 sindicatos e da principal associação patronal do país. A Fedecámaras, que pretende forçar Maduro a interromper o processo para elaborar a nova Constituição.

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