O EI irrompeu no Afeganistão em 2015 e mantém seu principal reduto em Nangarhar, província fronteiriça com o Paquistão e estratégica nas comunicações entre os dois países
Por Redação, com EFE – de Cabul:
A Save the Children elevou nesta quinta-feira para 11 o número de mortos no atentado cometido ontem pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) contra uma sede da ONG em Jalalabad, no Leste do Afeganistão. A informação é da Agência EFE.

– A Save the Children pode confirmar que temos quatro (trabalhadores) mortos e outros quatro feridos no ataque de ontem. O corpo do último companheiro foi encontrado esta manhã no edifício – disse à Agência EFE uma porta-voz da organização em Cabul, Mariam Attaie.
Por sua vez, Attaullah Khogyanai, porta-voz do governador da província de Nangarhar, da qual Jalalabad é a capital; tinha informado anteriormente da morte de dez pessoas; cinco delas terroristas, e que 26 tinham ficado feridas.
Segundo a porta-voz da Save the Children, o corpo achado nesta quinta-feira pertence a “um homem jovem de cerca de 20 anos”; que se soma à morte de outros três funcionários da ONG; entre eles um guarda de segurança; um civil e um membro das forças de segurança.
Violência
Durante quase 10 horas, quatro membros do EI (o quinto se suicidou no início da ação) efetuaram o ataque de quarta; contra a sede da Save the Children na capital da província de Nangarhar; principal reduto do grupo jihadista no Afeganistão.
As forças de segurança afegãs resgataram 46 funcionários da ONG durante o ataque, segundo Khogyanai.
Este foi o segundo atentado contra civis em menos de uma semana no Afeganistão; depois que no sábado passado os talebãs atacaram o Hotel Intercontinental de Cabul, deixando um saldo de 20 mortos.
O EI irrompeu no Afeganistão em 2015 e mantém seu principal reduto em Nangarhar, província fronteiriça com o Paquistão e estratégica nas comunicações entre os dois países.
Ainda que nos primeiros nove meses do ano passado o cômputo de vítimas civis pelo conflito tenha caído em 6%; a primeira vez em que se registra um retrocesso desde 2012, as cifras foram de 2.640 mortos e 5.379 feridos; ainda “níveis altos”, segundo a ONU.