Sociedade civil pede que cédula de R$ 200 deixe de circular

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Publicado Sexta, 12 de Fevereiro de 2021 às 13:44, por: CdB

A ministra Cármen Lúcia foi a destinatária do documento por ser a relatora de uma ação em que três partidos políticos – PSB, Podemos e Rede Sustentabilidade – pedem que seja declarada inconstitucional a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Por Redação - de Brasília

O Instituto Não Aceito Corrupção, o movimento Transparência Partidária e outras instituições da sociedade civil organizada enviaram, nesta sexta-feira, uma carta à ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que pedem a imediata interrupção das cédulas de R$ 200, que circulam desde setembro. No documento, as instituições afirmam que o argumento utilizado pelo Banco Central (BC) para justificar a necessidade da nova nota – aumento da demanda por numerário devido ao pagamento do auxílio emergencial – não se confirmou.

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A nota de R$ 200 traz o desenho de um lobo-guará, espécie do Serrado em processo de extinção

“Só 12% das cédulas que o próprio Banco Central afirmou que teria de emitir em 2020 foram postas em circulação. Ou seja, a autoridade monetária afirmou que sem a emissão de 450 milhões de novas notas em 2020, o que somaria R$ 90 bilhões, haveria grave risco de faltar numerário para pagar o auxílio emergencial. Pois bem. A última parcela do auxílio foi paga no mês passado e só 53 milhões dessas cédulas tinham entrado em circulação até 31 de dezembro”, diz o texto.

Corrupção

A ministra foi a destinatária do documento por ser a relatora de uma ação em que três partidos políticos – PSB, Podemos e Rede Sustentabilidade – pedem que seja declarada inconstitucional a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), um órgão vinculado ao BC, que aprovou o lançamento da cédula de R$ 200.

Na visão dos partidos que ingressaram com a ação e dos movimentos da sociedade civil que apoiam a iniciativa, a nova cédula favorece a lavagem de dinheiro e viola os princípios da motivação e da eficiência da Administração Pública. Os partidos haviam protocolado um pedido de liminar antes de a cédula entrar em circulação, visando impedir que ela fosse distribuída. No âmbito dessa solicitação, o BC chegou a prestar informações a pedido da ministra. No entanto, ela não avaliou o pedido de liminar antes de as notas circularem.

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