Segundo a prefeitura, as ações concentram-se agora na remoção do entulho para a desobstrução de importantes pistas do centro da cidade
Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Os três prédios interditados desde 1º de maio, após o incêndio que resultou no desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, centro de São Paulo, serão gradativamente desinterditados, informou nesta segunda-feira a prefeitura. Os imóveis ainda passarão por intervenções nas estruturas. Não há prazo para as liberações.
Segundo a prefeitura, as ações concentram-se agora na remoção do entulho para a desobstrução de importantes pistas do centro da cidade. Desde a tragédia, estão bloqueadas a Avenida Rio Branco; nos dois sentidos, no trecho entre a Avenida Ipiranga e o Largo do Paissandu, e a Rua Antônio de Godói.
Corpos de gêmeos são encontrados
O Instituto de Criminalística identificou, por meio de material genético; que os corpos encontrados no fim de semana são dos gêmeos Wender e Welder, de 9 anos.
Foram identificados também Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro e Francisco Lemos Dantas. A mãe dos gêmeos, Selma Almeida da Silva, e mais três pessoas, entretanto, continuam desaparecidas.
Oficialmente, o Corpo de Bombeiros informou que encerrou o trabalho nos escombros, após 13 dias de buscas por sobreviventes. Ao todo, 1,7 mil bombeiros participaram da operação.
Bombeiros encerram buscas
Após 13 dias de buscas, o Corpo de Bombeiros terminou na manhã de domingo o trabalho de buscas nos escombros do prédio que desabou no Largo do Paissandu, centro da capital paulista; após um incêndio na madrugada de 1º de maio. Quatro vítimas foram identificadas a partir de restos mortais encontrados e outras quatro ainda estão desaparecidas.
O governador de São Paulo, Márcio França, esteve no local do desabamento; nesta manhã e anunciou o fim dos trabalhos. Os bombeiros também se reuniram no local e fizeram uma oração. “Chegou ao fim.
– A gente, a partir de agora, entrega à prefeitura para que ela possa dar o destino melhor da área – disse o governador. Segundo ele, apesar do espaço ser do governo federal; o prefeito Bruno Covas já manifestou interesse em requisitar a área.
– A gente vai estudar a questão dos prédios laterais, tem três prédios; que estão interditados, talvez alguns não possam ficar aí; vamos ver como é que a prefeitura vai, daqui para frente, destinar – acrescentou.
Questionado sobre o motivo do encerramento das buscas neste domingo; o governador disse que já não há expectativa de encontrar outras vítimas: “o máximo; que a gente pode fazer (de buscas) do ponto de vista de profundidade é essa.
Os corpos
Os corpos que foram achados são aqueles que vocês já anunciaram; o resto não deve ter mais existência, deve ter sumido junto com toda a situação; porque é muito calor, o corpo desaparece praticamente, é comum nesse tipo de tragédia.”
França cumprimentou e elogiou o trabalho do Corpo de Bombeiros. “Tem que enaltecer que o trabalho deles (os bombeiros) permitiu; que a gente salvasse muito mais vidas do que aquelas que foram vitimadas aqui.
– Então foi um trabalho exemplar do ponto de vista técnico deles como bombeiros; seguindo todos os protocolos internacionais. E o mais importante é que isso possa servir de exemplo para a gente poder evitar que outras tragédias como essa aconteçam.
Vítimas
No sábado o Instituto de Criminalística de São Paulo identificou mais duas vítimas do desabamento: os irmãos gêmeos Wendel e Werner, de 10 anos; cujos fragmentos ósseos haviam sido encontrados na última quarta-feira. A mãe deles, Selma Almeida da Silva, de 48 anos, ainda está desaparecida.
Com isso, são quatro as pessoas identificadas vítimas do desabamento; junto a Ricardo Oliveira Galvão, de 38 anos; Francisco Lemos Dantas, de 56 anos. Outras quatro pessoas estão desaparecidas. No entanto, existem alguns restos mortais que ainda não foram identificados e possivelmente são de alguma delas.