O diretor americano Stanley Donen receberá na noite de hoje, sábado, o Leão de Ouro do Festival de Veneza pelo conjunto de sua obra, tendo reconhecida, assim, sua ampla trajetória.
Os musicais “Singin’ in the Rain” (1952) e “Seven Brides for Seven Brothers” (1954) são alguns dos sucessos de Donen, de 80 anos, que horas antes de receber o prêmio da Mostra disse que tem intenção de fazer um novo filme.
Embora o musical “não seja o princípio e o fim do cinema, quando eu vou a uma sala ou a um teatro e há um fragmento musical, me sinto transportado”, disse Donen, que hoje esbanjou jovialidade ante a imprensa.
“O compositor me diz coisas que têm a ver com os sentimentos, com a alma da vida”, afirmou o artista, que em sua carreira foi cantor, dançarino, coreógrafo e diretor.
O musical agora não goza do mesmo prestígio de anos atrás, porque “antes havia uma escola que nos ensinava a dançar, compor e cantar, mas já não existe essa cultura. Falta profundidade aos meninos de agora”, ressaltou.
O musical transmite alegria, mas isso não o impede de considerar que para filmar “é preciso passar por momentos duros, de tensão, pressões e diferença de critérios”, segundo Donen, que disse que os principais gênios no cinema mundial foram o italiano Federico Fellini e o americano de origem austríaca Billy Wilder.