Supremo libera o caminho para que Aras fosse reconduzido à PGR

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Publicado Terça, 24 de Agosto de 2021 às 13:45, por: CdB

Na ação, o grupo de procuradores pediu ao STF que Aras e Humberto Jacques (o vice-procurador-geral), além de seus assessores, fossem impedidos de interferir na tramitação dessa representação criminal.

Por Redação - de Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou, na noite passada, o seguimento a uma ação movida por cinco membros do Conselho Superior do Ministério Público Federal contra o procurador-geral da República, Augusto Aras.
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O procurador-geral Augusto Aras tem sido complacente com o presidente da República, Jair Bolsonaro
Na ação, o grupo de procuradores pediu ao STF que Aras e Humberto Jacques (o vice-procurador-geral), além de seus assessores, fossem impedidos de interferir na tramitação dessa representação criminal. Procuradores argumentaram que houve irregularidades na tramitação de uma representação que acusa Aras e Jacques de se omitirem de investigar atos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com os procuradores, a representação criminal contra Aras e Jacques foi enviada aos gabinetes deles de maneira indevida. Também disseram que a representação passou por despachos com o objetivo de impedir o Conselho Superior do Ministério Público Federal de analisá-la e acabaram enviando ao Senado.

Sabatina

O chefe da PGR foi sabatinado ao longo de todo o dia, nesta terça-feira, na Comissão da Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para decidir se ele será reconduzido ao cargo por mais dois anos. Na votação, o nome de Aras foi aprovado por 21 votos contra 6 em sentido contrário na CCJ, sendo encaminhado ao Plenário, onde os números também tendiam a ser favoráveis ao procurador, que precisava do apoio de ao menos 41 dos 81 senadores. Apesar do escore confortável, Aras ainda aguarda o desenlace da indicação do ministro André Mendonça (Advocacia Geral da União) ao Supremo Tribunal Federal. O renascimento da candidatura do procurador-geral é consequência do enfraquecimento do nome de Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para o cargo. Ele precisa ser aprovado pelos senadores, tarefa que ficou mais difícil depois que o presidente decidiu radicalizar com o STF e pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.​
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