A tempestade que caiu sobre o Rio de Janeiro na noite de quinta-feira, provocou um acidente com o navio-plataforma P-70, da Petrobrás.
Por Redação, com PetroNotícias – de Niterói – RJ
A tempestade que caiu sobre o Rio de Janeiro na noite de quinta-feira, provocou um acidente com o navio-plataforma P-70, da Petrobrás. A embarcação ficou à deriva e foi bater nas praias de Niterói. Uma confusão que assustou os moradores da região. Durante o incidente, outro navio, o rebocador Starnav Sirius também sofreu danos. Depois do susto, a P-70 foi reconduzida ao local onde ficará fundeada, conforme declarou a Petrobrás em nota enviada ao Petronotícias:

“Por conta do temporal e os fortes ventos que atingiram a região metropolitana do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, houve um deslocamento da P-70, durante o processo de ancoragem da plataforma para próximo da costa, em Niterói. A Petrobras já reconduziu a unidade à área onde ficará fundeada na Baía de Guanabara. Não houve vítimas. A Petrobras está apurando as causas da ocorrência”.
Nesta manhã, a plataforma, que foi trazida desde a China em cima do navio Boka Vanguard, passou pela manobra de liberação. Na operação, chamada float-off, o Boka Vanguard submergiu e descarregou a P-70 na Baía de Guanabara para passar por atividades de comissionamento durante 30 dias.
As autoridades portuárias estavam considerando tudo tranquilo, porque a região tem águas abrigadas, que atendem a todos os requisitos técnicos de segurança. Mas não contavam com a força da natureza. Os ventos da tempestade que atingiram o Rio de Janeiro passaram de 60 quilômetros e levaram a P-70 até a margem de Niterói.
Navio rebocador da Starnav sofreu avarias
Segundo as primeiras informações, os cabos de fundeio do FPSO se partiram durante a tempestade e a unidade se deslocou na direção de Niterói. As primeiras apurações indicam que enquanto a P-70 estava à deriva, o rebocador Starnav Sirius foi arrastado pela plataforma e jogado contra as pedras. Com o incidente, o Sirius sofreu avarias em boreste, na proa. A foto ao lado mostra o navio parcialmente inclinado.
Conforme noticiamos mais cedo, na manhã de quinta-feira, a operação de liberação da P-70 deu certo e não houve qualquer contratempo. Considerada uma das manobras mais importantes e delicadas na fase de pré-operação do FPSO, a atividade foi concluída perto da Escola Naval do Rio de Janeiro.
De acordo com o cronograma inicial, nos próximos 30 dias, a P-70 passaria pelas atividades de comissionamento, nacionalização da estrutura e os preparativos para prosseguimento da viagem com destino ao campo de Atapu, na Bacia de Santos.
Este é o segundo incidente envolvendo a unidade em menos de um mês. Para lembrar, um trabalhador morreu e outros cinco precisaram de atendimento médico após a ingestão acidental de álcool etílico enquanto a plataforma estava a cerca de 51,8 km da costa da cidade de Durban, na África do Sul. A P-70 chegou na semana passada ao Porto do Rio de Janeiro. A unidade tem capacidade para produzir 150 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e faz parte da série de plataformas replicantes da Petrobrás.