Aquecimento global eleva temperatura da Terra a níveis de 800 mil anos

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Publicado Segunda, 30 de Outubro de 2017 às 13:36, por: CdB

Segundo dados geológicos coletados por meio de amostras de gelo da Groenlândia e da Antártida, as concentrações de CO2 foram inferiores a 280 partes por milhão nos últimos 800 mil anos e aumentaram desde a revolução industrial.

 

Por Redação, com ACS - de Genebra

 

O aumento na concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, responsável pelo aquecimento global, levou o índice a um nível recorde em 2016. É o maior em cerca de 800 mil anos, anunciou nesta segunda-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que adverte sobre um "aumento perigoso da temperatura".

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O aquecimento global tende a causar mais secas e furacões por toda a Terra

De acordo com a OMM, este "rápido aumento" do nível de CO2 se deve à "conjunção das atividades humanas e a um potente episódio de El Niño”; um fenômeno climático que aparece a cada quatro ou cinco anos. Ele se traduz no aumento das temperaturas do Oceano Pacífico, o que provoca secas e fortes tempestades.

Segundo dados geológicos coletados por meio de amostras de gelo da Groenlândia e da Antártida, as concentrações de CO2 foram inferiores a 280 partes por milhão nos últimos 800 mil anos. E aumentaram desde a revolução industrial. O relatório alimentará os debates da conferência anual sobre aquecimento global patrocinada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em Bonn, em 6 de novembro.

Terra em risco

"Enquanto era de 400,00 partes por milhão (ppm) em 2015, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera (…) alcançou 403,3 ppm em 2016 e agora representa 145% do que era na época pré-industrial (antes de 1750)", afirma o documento publicado em Genebra, sede da OMM.

O aumento recorde de 3,3 partes por milhão de CO2 se deve em parte a um forte El Niño; em 2015 e 2016. O fator climático gerou secas em regiões tropicais. Também limitou a capacidade das florestas de absorver o gás, segundo a OMM. O CO2 provém também da queima de combustíveis fósseis para energia e do desmatamento para agricultura e construção.

– As futuras gerações herdarão um planeta muito menos hospitaleiro – afirmou Petteri Taalas.

Desde que o início da era industrial (1750), o crescimento demográfico, uma agricultura cada vez mais intensiva; a maior utilização das terras, o desmatamento, a industrialização e a exploração dos combustíveis fósseis; com fins energéticos, provocam um aumento da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. O principal deles o CO2. 

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