O Tesouro Direto é uma alternativa interessante à Poupança, uma vez que apresenta mecanismos de proteção ao investidor e melhores possibilidades de rentabilidade.
De maneira simples, é possível definir o Tesouro Direto como um empréstimo ao governo sob juros, que podem ser taxas prefixadas ou pós-fixadas.
Tesouro Prefixado
Existem dois tipos de títulos prefixados no Tesouro Direto: o Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com juros semestrais. A rentabilidade é definida na compra do título e segue esse parâmetro até seu vencimento.
A diferença entre eles é que, no segundo caso, o investidor recebe os juros a cada seis meses, enquanto no primeiro, ele precisa esperar até a data de vencimento para fazer o resgate sem perda de rentabilidade.
Existem bons motivos para o investidor recorrer ao Tesouro Prefixado. Entre eles está o fato de que essa modalidade costuma trazer resultados mais expressivos em longo prazo. Além disso, trata-se de uma aplicação que pode ser feita de maneira recorrente, sem que o investidor precise desembolsar um valor alto para atingir seu objetivo de uma única vez.
Tesouro Pós-fixado
É o título público atrelado a algum índice. Ele pode ser o IPCA, que mede a inflação, ou a taxa Selic.
O Tesouro IPCA+ é tido como uma categoria híbrida porque sua rentabilidade é composta por uma taxa fixa e outra variável. A fixa é um valor prefixado, enquanto a variável é acompanha a variação do IPCA. Portanto, quando o investidor vê um título com a denominação IPCA+5%, significa que esse título varia de acordo com o IPCA mais 5%.
O Tesouro Selic tem sua rentabilidade atrelada à taxa Selic. Trata-se de um título bastante flexível e que possui baixa volatilidade, sendo geralmente indicado para fins como a formação da reserva de emergência. Com ele, o investidor pode aplicar o quanto quiser, a partir de um valor de cerca de R$ 100, acumular conforme as suas possibilidades e, caso tenha a necessidade de usar o dinheiro antes do vencimento, basta fazer o resgate.
As corretoras de valores e a desbancarização
O Tesouro Direto é um exemplo da transformação que as corretoras e fintechs têm realizado no mercado financeiro brasileiro. Se antes os bancos representavam o único meio de o investidor fazer seu dinheiro render, hoje já é possível encontrar soluções mais avançadas e vantajosas em uma plataforma de investimentos.
É possível investir no Tesouro Direto sem sair de casa. Basta abrir uma conta gratuita em uma corretora e começar a investir via Internet, inclusive por meio do smartphone. Entre as vantagens de recorrer a uma plataforma de investimentos está a desburocratização dos processos e o que é mais importante: os resultados, uma vez que investindo com corretoras é possível ter acesso a uma quantidade maior e mais satisfatória de títulos públicos e privados.
Porque não investir em bancos
Atualmente, alguns bancos já deixaram de cobrar as taxas para investir em Tesouro Direto. Essa movimentação recente deve-se justamente à quantidade de clientes que passaram a recorrer às corretoras para investir de maneira mais justa.
É preciso ter atenção às práticas comuns das instituições bancárias, que geralmente têm foco maior nos seus próprios resultados do que nos interesses dos clientes. Por isso, as corretoras de valores tendem a ser o caminho natural para quem busca melhores retornos. Além da maior variedade de produtos, é possível contar com uma orientação mais direcionada aos interesses de seus clientes.
De maneira geral, enquanto os bancos dividem-se entre a necessidade de manter sua presença no mercado e os interesses dos investidores, as corretoras precisam conquistar novos clientes para ganhar mercado, o que faz com que as suas soluções geralmente sejam mais atrativas.