Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos anunciou nesta terça-feira que não pretende continuar como titular da pasta, no caso de um novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 2007. O anúncio aos jornalistas ocorreu após a abertura do 12º Seminário Internacional de Defesa no Inquérito Policial, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), na capital paulista.
– É uma espécie de adeus às armas – disse o ministro durante a palestra.
Logo depois, questionado por repórteres, o ministro confirmou sua intenção de deixar o governo.
– Estou programado para ficar quatro anos, morando em Brasília e trabalhando em Brasília. Gosto muito do Ministério da Justiça. Acho que o trabalho foi muito gratificante, muito proveitoso. Lançamos as bases de novas instituições no Brasil, que estão fortes como nunca. Mas quatro anos é bastante – disse.
O tom do discurso de Thomas Bastos, na abertura do encontro, foi de despedida.
Esta, no entanto, não foi a primeira vez que o ministro comentou sobre sua disposição de voltar à vida privada. No início do mês, Bastos disse durante encontro, em Brasília, que o período de pouco mais de três anos e meio passados no comando do Ministério da Justiça deu-lhe a impressão de que estava abandonando o exercício da advocacia. O ministro afirmou à platéia que, para o advogado, é fundamental manter-se atualizado, estudando e relendo por inteiro códigos e súmulas.