De acordo com as primeiras informações, dois homens chegaram de carro e dispararam vários tiros contra pessoas que estavam no entorno da praça. Houve pânico e muita correria
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
Um tiroteio deixou dois mortos e um ferido na Praça São Salvador, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na noite anterior. No momento dos disparos, o local, que concentra vários bares, estava bastante movimentado.

De acordo com as primeiras informações, dois homens chegaram de carro e dispararam vários tiros contra pessoas que estavam no entorno da praça. Houve pânico e muita correria. Um homem que estava ao lado de um bar foi baleado na cabeça e morreu no local. Outro homem levou um tiro nas costas e foi atropelado pelo veículo dirigido pelos atiradores enquanto tentava fugir. Os dois mortos não foram identificados.
O taxista Alexandre Ramos, de 53 anos, passava pelo local no momento do tiroteio e foi baleado na barriga. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, também na Zona Sul. Ainda até o momento não houve informações sobre o estado de saúde dele.
Os criminosos fugiram após o tiroteio. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da capital.
Intervenção na Baixada
O Ministério Público Federal (MPF) em São João de Meriti instaurou um inquérito civil público para acompanhar os desdobramentos; que a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro terá na Baixada Fluminense. A portaria que instaurou o inquérito civil público é assinada pelo procurador da República Julio José Araujo Junior.
Segundo o MPF, informações foram solicitadas ao comando da intervenção, e uma audiência pública foi marcada para 20 de março, às 10h, para ouvir demandas da população “e garantir a prestação de informações pelas autoridades interventoras sobre os desdobramentos que a intervenção federal terá na Baixada”.
Relatórios das operações
No ofício enviado ao comando da intervenção, consta ainda um pedido de apresentação de relatórios das operações de Garantia da Lei e da Ordem realizadas na Baixada Fluminense desde julho de 2017. O MPF pede ainda que sejam informados “a relação de ações; que serão adotadas na região e o respectivo plano; caso exista, e as medidas que serão implementadas para promover a transparência e o diálogo com a população de forma permanente”.
A intervenção federal na segurança do Rio foi decretada em fevereiro pelo presidente de facto Michel Temer; mas as operações de Garantia da Lei e da Ordem já integravam Forças Armadas e órgãos de segurança pública federais e estaduais desde julho do ano passado. Com a intervenção, o comando da segurança no estado saiu do governador Luiz Fernando Pezão e passou para o interventor federal; o general Walter Braga Netto, que nomeou um novo secretário estadual de Segurança Pública, o general Richard Nunes.
Em nota, o Gabinete de Intervenção Federal informou que conta com um canal direto de atendimento; para o caso de sugestões e denúncias; que podem ser feitas pelo e-mailouvidoria.intervencao@cml.eb.mil.br .
O comunicado destaca que o general Braga Netto enfatiza a “transparência e a legalidade das ações” e “acredita na contribuição das instituições, da população e da imprensa”.