Disputar uma Copa do Mundo em casa não é uma tarefa muito fácil, mas os jogadores da seleção brasileira estão encarando de forma positiva a pressão, eles admitem que terão que trabalhar para lidar bem com a ansiedade, segundo o lateral-direito Daniel Alves e o zagueiro David Luiz.
– Se você não é cobrado, dificilmente vai almejar alguma coisa, então a gente encara pela parte positiva, como uma oportunidade única – disse Daniel Alves a jornalistas em evento de um patrocinador nesta terça-feira, em São Paulo.
– A pressão que possa existir a gente aceita e vai ser gostosa, eu tenho certeza que a gente vai conseguir o prêmio final – completou o lateral do Barcelona.
Os jogadores da seleção se apresentam ao técnico Luiz Felipe Scolari na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, para o início da preparação para o Mundial, que começa em 12 de junho com a partida entre Brasil e Croácia, em São Paulo. O time ainda enfrenta México e Camarões pela primeira fase.
– Essa geração foi premiada para disputar a Copa do Mundo no Brasil. Estou muito feliz com isso, é uma grande oportunidade. Sei da responsabilidade, sei da pressão, mas sei que estou preparado – afirmou David Luiz.
O zagueiro do Chelsea reconheceu que vai ser difícil controlar a ansiedade até o início da competição e poderá ficar noites sem dormir.
– A gente tem que achar o equilíbrio. Até certo ponto (ter ansiedade) é bom, te deixa pensando no jogo. Demasiado é prejudicial, então a gente vai ter um trabalho para isso, é mais fácil a gente lidar com isso juntos. O grupo é muito aberto, todo mundo tem direito de opinar, todo mundo vai se ajudar – disse.
No ano passado, a seleção brasileira conquistou o título da Copa das Confederações em casa e teve grande apoio da torcida dentro dos estádios, apesar dos protestos que ocorreram nas ruas contra os gastos com o evento esportivo e por melhorias no serviços públicos.
O meia Oscar, do Chelsea, acredita que os jogadores não vão se abalar com possíveis manifestações e que estarão concentrados no Mundial, porém admitiu preocupação com os familiares que estarão viajando pelo país.
– A gente se preocupa com os parentes, porque sabe que é uma época de manifestações no país – disse Oscar.
Para Daniel Alves, os protestos devem ser pacíficos. “A gente não está alheio aos problemas que temos no país. Somos os primeiros a querer esta melhoria e evolução do país… o maior revolucionário do mundo, para mim, foi o Mandela, e ele pregava a paz. Acho que temos de fazer. Temos de defender nossos direitos, tentar evoluir o nosso país, mas que a paz prevaleça”.