Em momentos de maior dificuldade de Bolsonaro, às voltas com problemas em geral criados pelo próprio e em crescente isolamento político, não são poucos os que se apressam em proclamar que o presidente “subiu no telhado”.
Por Luciano Siqueira - de Brasília
Para compreender a tensa e complexa situação brasileira dos nossos dias o que menos ajuda são avaliações precipitadas.Pleito presidencial
Outros, que só admitem uma ampla coalizão de forças sob a sua hegemonia, teimam em adiar alianças mais heterogêneas para um hipotético segundo turno do pleito presidencial e persistem em cotoveladas em eventuais concorrentes do mesmo campo. Já entre os que se desiludem com o presidente em razão da sua notória incapacidade para governar e de suas diatribes contra o regime democrático, porém apostam na agenda neoliberal tupiniquim é recorrente a expectativa de que seja possível uma espécie de força-tarefa capaz de enquadrar o presidente e reconduzi-lo ao cargo para um novo período de menos insensatez e algum resultado concreto. Sonhar não é proibido, como também ninguém pode impedir que esta ou aquela força política cometa seus desatinos. Entretanto, quem quiser alterar os rumos da peleja há que refletir e agir “com as quatro patas fincadas na realidade”, como dizia o revolucionário russo Plekhanov. Para as oposições, um bom fio condutor pode ser uma plataforma eleitoral que aponte novo rumo para o Brasil pós-governo Bolsonaro.Luciano Siqueira, é Médico, vice-prefeito do Recife, membro do Comitê Central do PCdoB.
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