Torcedores de futebol de Hong Kong vaiaram quando o hino nacional chinês foi executado nesta quarta-feira antes do confronto de sua seleção com a China na Coreia do Sul.
Por Redação, com Reuters – de Busan
Torcedores de futebol de Hong Kong vaiaram quando o hino nacional chinês foi executado nesta quarta-feira antes do confronto de sua seleção com a China na Coreia do Sul, mostrando que o tumulto político que tomou a ex-colônia britânica transbordou para o mundo do esporte.

A Associação Coreana de Futebol disse que adotou medidas para impedir a presença de cartazes com mensagens políticas no Estádio Busan Asiad, onde quase 200 torcedores de Hong Kong cantaram e bateram tambores para silenciar um pequeno grupo de torcedores chineses.
A China venceu o jogo por 2 a 0.
Hong Kong vem sendo abalada por protestos, às vezes violentos, há mais de seis meses. Os manifestantes estão revoltados com o que veem como uma intrusão de Pequim nas liberdades concedidas a Hong Kong, apesar da autonomia prometida na fórmula “um país, dois sistemas” quando a cidade voltou ao controle chinês em 1997.
A China rejeita a insinuação de que está interferindo em Hong Kong, e culpa países ocidentais por incitarem os protestos.
Desrespeitar o hino nacional é um crime na China. Hong Kong apresentou um projeto de lei que estabelece penas de prisão de até três anos pelo mesmo delito, uma medida que críticos dizem provocar novas ameaças à liberdade de expressão.
Os jogadores da seleção de Hong Kong, que foi designada como o time da casa na partida desta quarta-feira em um torneio que inclui a anfitriã Coreia do Sul e o Japão, estavam vestidos inteiramente de vermelho e se voltaram para sua bandeira quando o hino começou a tocar.
Os jogadores chineses, vestidos de amarelo, olharam para sua bandeira e entoaram o hino enquanto ele era executado, em meio a vaias dos torcedores de Hong Kong.
Iniciativa anti-racista
O diretor da liga italiana de futebol, a Serie A, pediu desculpas pelas obras de arte envolvendo macacos usadas em uma campanha antiracismo e que foram amplamente criticadas.
As imagens de autoria do artista Simone Fugazzoto apresentavam três macacos com olhos e detalhes de cores diferentes.
– Nós percebemos que não eram apropriadas – disse o presidente-executivo da liga, Luigi De Siervo, em nota nesta terça-feira.
Os clubes italianos Roma e Milan criticaram a escolha das imagens que a liga havia dito inicialmente que tinham “o objetivo de espalhar os valores de integração, multiculturalismo e irmandade”.
Fugazzotto, que usa macacos em grande parte de seu trabalho, defendeu sua criação dizendo: “somos todos macacos”.