Esse é o eixo da luta contra o golpe de todas as forças democráticas e de esquerda, tanto das que gostam de Lula quanto das que não gostam, como muito bem disse Gilberto Maringoni.
Por Val Carvalho - do Rio de Janeiro
Furando a fila com uma anormal tramitação a “Jato”, o TRF-IV marcou para o dia 24 de Janeiro o julgamento da apelação de Lula, e com a sua condenação já antecipada publicamente. Escolheu o mês de janeiro, porque é mês de férias e o dia 24, para tentar abater o espírito de Lula.
Mas se o TRF-IV, cumprindo o roteiro da Lava Jato, anunciou que no dia 24 de janeiro vai dar o golpe final na democracia, o que temos de fazer é preparar desde já o contragolpe, com a ocupação popular e democrática de Porta Alegre ao mesmo tempo em que mobilizamos uma vigília nacional de luta.
Mesmo diante da provável condenação ou até prisão de Lula; é fundamental que continuemos defendendo o seu direito de ser candidato a presidente. Foi para impedir isso que Moro o condenou sem provas e que o TRF-IV pretende completar o serviço. Portanto, o direito democrático de Lula ser candidato se constitui na forma principal do movimento nacional contra o golpe e pela volta do Estado Democrático de Direito.
Contra o golpe
Esse é o eixo da luta contra o golpe de todas as forças democráticas e de esquerda; tanto das que gostam de Lula quanto das que não gostam, como muito bem disse Gilberto Maringoni, ex-candidato a governador de São Paulo pelo PSOL; ao defender uma Frente Ampla contra o golpe. Esse o centro de gravidade da luta a partir de agora.
Unir as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, o MST e MTST; as Centrais Sindicais e movimentos sociais; os partidos de esquerdas e forças democráticas no trabalho de organização da ocupação anti-golpista de Porto Alegre; no dia 24 de janeiro. Convidar personalidades internacionais como parte da solidariedade mundial; contra o julgamento político de Lula e de repúdio ao golpe no Brasil.
Val Carvalho é articulista do Correio do Brasil.