Jair Bolsonaro e seus cúmplices, fardados e civis, estão desesperados com a CPI da covid-19, já batizada de CPI do Genocídio. O site UOL informa que o governo já escalou a sua “tropa de choque” para sabotar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito e blindar a imagem do “capetão”.
Por Altamiro Borges - de São Paulo
Jair Bolsonaro e seus cúmplices, fardados e civis, estão desesperados com a CPI da covid-19, já batizada de CPI do Genocídio. O site UOL informa que o governo já escalou a sua “tropa de choque” para sabotar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito e blindar a imagem do “capetão”. “Em desvantagem numérica na CPI da Covid, o governo federal montou uma tropa de choque para tentar minimizar os danos e blindar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)… Apenas quatro das 11 vagas de titulares do colegiado são ocupadas por senadores considerados mais confiáveis pela base do governo”. Os quatro senadores que terão a missão de melar as investigações por dentro da CPI são: Ciro Nogueira (PP-PI), Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE). Por fora, deputados federais e outros milicianos bolsonaristas investirão na guerra encarniçada e suja, virtual e real.A “listinha” dos crimes do governo
O laranjal bolsonariano também acionou dois ministros para chefiarem a batalha. “Embora haja divergências internas nas estratégias de defesa, Bolsonaro escalou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, como articulador político do Planalto com os senadores neste caso”. Já o ministro-chefe da Casa Civil, o general Luiz Eduardo Ramos, “foi designado para coordenar as respostas e unificar os discursos do governo junto aos ministérios. A Casa Civil, inclusive, foi responsável por enviar uma lista de 23 acusações frequentes sobre o desempenho do governo Bolsonaro no enfrentamento à covid-19”. A “listinha” já foi motivo de ironias no Congresso. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que ela é “um roteiro a ser seguido”. Parte da própria base bolsonarista enxergou a lista como “uma confissão de crime” e detonou o general-ministro. “Sob reserva, um líder governista chamou o documento de ‘coisa de gente maluca’”, relata o site UOL.Altamiro Borges, é jornalista.
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