As tensões sobre os programas nuclear e de míssil de Pyongyang aumentaram nas últimas semanas, apesar de intensa pressão de potenciais mundiais
Por Redação, com Reuters – de Nova York:
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos vão impor mais sanções contra a Coreia do Norte.
As tensões sobre os programas nuclear e de míssil de Pyongyang aumentaram nas últimas semanas; apesar de intensa pressão de potenciais mundiais.
– Nós iremos impor mais sanções sobre a Coreia do Norte – disse Trump; em resposta a uma pergunta, durante reunião com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani.
Sobre o Afeganistão, Trump disse que as forças armadas norte-americanas estão exercendo um papel mais de comando do que de combate.
Porto Rico
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira; que o furacão Maria “apagou totalmente” o território norte-americano de Porto Rico, que teve a sua rede elétrica destruída.
Trump disse a repórteres, durante reunião com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que vai visitar Porto Rico em algum momento. Mas não especificou uma data.
Ele disse que Porto Rico está “em estado, muito, muito perigoso”; e disse que autoridades de emergência norte-americanas estão começando a trabalhar para ajudar na recuperação do território.
Presidente do Irã ataca discurso de Trump
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, usou seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas na quarta-feira para rebater as críticas do presidente norte-americano, Donald Trump, contra Teerã e o acordo nuclear feito em 2015 pelos Estados Unidos e outras potências com seu país.
Em discurso na véspera perante a mesma assembleia, Trump chamou de vergonhoso o acordo nuclear; firmado pelo ex-presidente Barack Obama, e disse que seu governo pode abandoná-lo se suspeitar que ele “proporciona cobertura para eventual construção de um programa nuclear”.
– Francamente, esse acordo é uma vergonha para os Estados Unidos; e não acredito que os senhores tenham ouvido a minha última palavra a respeito – declarou Trump nesta terça-feira.
O líder americano ainda pediu para que o Irã pare de “financiar o terrorismo”; além de definir o país como uma “ditadura corrupta” que tenta desestabilizar o Oriente Médio. No dia seguinte, Rouhani também usou o termo “corrupto” para se referir a Trump, aparentemente de forma proposital.
– Seria uma grande pena se esse acordo [nuclear] fosse destruído por corruptos recém-chegados ao mundo político. O mundo perderia uma grande oportunidade – afirmou o iraniano em seu discurso na ONU nesta quarta-feira.
Rouhani destacou que o futuro do acordo, assinado ainda por outras cinco potências mundiais, não pode ser decidido por “um ou dois países”. “Ao violar seus compromissos internacionais, a nova gestão americana só destrói sua própria credibilidade e mina a confiança internacional em negociar com o país ou aceitar sua palavra ou promessa”, acrescentou.
Resposta
Em resposta à sugestão de Trump sobre um programa nuclear, o líder iraniano afirmou que seu país nunca pretendeu obter armas atômicas; e que suas capacidades militares; incluindo os mísseis, têm objetivo puramente defensivo. Além disso, atacou os EUA por promoverem “instabilidade” e “violência extremista” no Oriente Médio com suas intervenções.
– O governo dos Estados Unidos deveria explicar a seus cidadãos por que, após gastar milhões de dólares; em vez de contribuir para paz e a estabilidade só trouxe guerra, miséria, pobreza e um aumento do terrorismo e do extremismo à região – afirmou ele.
Rouhani
Rouhani, por fim, rechaçou o teor agressivo do discurso de Trump perante a assembleia das Nações Unidas; descrevendo as palavras do presidente como “ignorantes, absurdas e cheias de ódio”. As “acusações ridículas e sem fundamento” do republicano não são dignas da ONU, acrescentou.
– Nunca ameaçamos ninguém, mas também não toleramos ameaças – alertou o presidente iraniano; afirmando que seu país responderá “de forma decisiva e resoluta” se os EUA decidirem deixar o acordo nuclear.
Mais tarde, em conversa com jornalistas após seu discurso nas Nações Unidas, Rouhani descartou a possibilidade de renegociar o pacto com Washington. “Na minha opinião, não é realista.” Na véspera, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, havia afirmado que seu país buscará renegociar o acordo multilateral e espera contar com o apoio dos seus aliados para isso.
– Esse acordo não é algo que você pode tocar. Se você tira um simples tijolo, o prédio inteiro desaba – afirmou o líder do Irã, acrescentando que seu governo conta com “várias opções” caso Trump decida mesmo voltar atrás no acordo.
O pacto foi assinado em julho de 2015, em Viena, entre o Irã e o chamado Grupo P5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, China, França e Alemanha), após 12 anos de difíceis negociações. O acordo amenizou as sanções internacionais contra o Irã em troca de restrições ao programa nuclear do país.