Carlos Tufvesson soube dividir a apresentação da linha Atelier e da coleção CT Jeans sem confundir a cabeça do público. A primeira parte do desfile foi dedicada aos longos em cetim cor-de-pele e alguns poucos em preto. Um desfile ‘cool’.
A música mais agitada marcou o início da segunda parte, que mostrou as peças da coleção jeans, nem por isso menos glamourosas.
– Estou explorando a monocromia e a leveza dos tecidos vaporosos – disse o estilista.
O cuidado do trabalho feito à mão era evidente. Um dos vestidos foi montado com 20 metros de organza. Outros receberam aplicações de brilhos. Um modelo preto tinha pequenos penduricalhos brilhantes que davam movimento à roupa.
O vestido que encerrou a apresentação da linha Atelier era trançado, criando um novo tecido a partir do original. Quase todos fechados com lindos botões forrados.
Na coleção CT Jeans o brilho não foi esquecido. Mesmo sendo casual, a coleção é sofisticada. O bom e velho jeans recebeu tratamento especial e foi reeditado em versão perolada. Assim ele foi usado em calças e jaquetas, que tinham alturas de tecidos diferentes, como se não tivessem sido acabadas.
Algumas roupas não são para simples mortais. É preciso ser muito chique para usar o vestidinho longuete, também em pérola, ou um tomara que caia mais curtinho. Pelas mãos de Tufvesson, até uma simples saia envelope tinha um charme extra. Nos pés, tênis All Star de cano-longo.
Na primeira fila estavam Vera Fischer, Cristiane Torloni, Maitê Proença, Glória Menezes e Carmen Mayrink Veiga. O jovem Carlos Tufvesson dedicou a coleção ao amigo Giorgio Knapp, que faleceu este ano.
Tufvesson apresenta duas faces ao público no Rio Fashion Week
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Publicado sexta-feira, 11 de julho de 2003 as 00:12, por: CdB