Publicado Quinta, 25 de Outubro de 2018 às 08:44, por: CdB
Çavusoglu reconheceu que o processo de investigação "está se atrasando, infelizmente", e exigiu que a Arábia Saudita responda às várias questões ainda não esclarecidas.
Por Redação, com EFE - de Istambul
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, anunciou nesta quinta-feira que seu país está disposto a entregar todas as provas do suposto assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi a uma instância da Justiça internacional, caso alguma delas tome a iniciativa de investigar o caso.
Jornalista saudita Jamal Khashoggi
– Estamos investigando o caso na Turquia de acordo com as leis turcas. Deveria ser julgado aqui. Neste momento, não temos a intenção de transferi-lo à Justiça internacional – disse o ministro em entrevista coletiva em Ancara, transmitida ao vivo na emissora "NTV".
– Mas se alguma instância jurídica internacional tomasse a iniciativa e começasse a investigá-lo, entregaríamos todas as provas das quais dispomos – acrescentou Çavusoglu.
– A Convenção de Viena (sobre relações diplomáticas) é clara. É território da Arábia Saudita – disse o ministro em referência ao consulado saudita em Istambul, no qual o jornalista desapareceu no dia 2 de outubro, e à residência do cônsul, que também foi inspecionada para procurar indícios.
– Mas, segundo a mesma Convenção de Viena, a investigação deve ser feita de acordo com as leis turcas. Se houver detidos e outros envolvidos no assassinato, todos devem ser processados e julgados na Turquia – insistiu.
Çavusoglu reconheceu que o processo de investigação "está se atrasando, infelizmente", e exigiu que a Arábia Saudita responda às várias questões ainda não esclarecidas.
– Há muitas perguntas que devem ser respondidas. Estas 18 pessoas (detidas em Riad) estão detidas por quê? Quem lhes deu as ordens? Onde está o corpo de Khashoggi? Por que isso não é dito? – perguntou o ministro.