Turquia se recusa a adotar sanções contra Rússia a pedido da Otan

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Publicado Sexta, 11 de Março de 2022 às 08:23, por: CdB

Depois que Jens Stoltenberg insinuou que a Turquia, membro da Otan, deveria impor penalidades contra a Rússia em linha com o resto da aliança, uma fonte de Ancara revelou que, em vez disso, o país vai procurar manter um diálogo de confiança.

Por Redação, com Sputnik - de Ancara

Pouco depois de a Rússia lançar uma operação especial militar para "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, os EUA e seus aliados ocidentais impuseram pacotes de sanções rigorosas contra Moscou.

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Turquia se recusa a adotar sanções contra Rússia a pedido da Otan, contrariando o bloco

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vai tomar decisões importantes durante a cúpula em Madri em junho, disse o secretário-geral da aliança Jens Stoltenberg à emissora NTV da Turquia.

– Sim, esperamos que todos os nossos aliados introduzam sanções. Assim poderemos fazer a Rússia pagar o preço. Também comuniquei ao senhor (Mevlut) Cavusoglu. A Turquia desempenha aqui um papel principal – disse ele, citado pelo CNN Turk.

Stoltenberg acrescentou ainda que a OTAN pede a todos os aliados europeus que aumentem seus orçamentos militares.

A declaração surge depois de o chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Josep Borrell, dizer na quinta-feira que o bloco atingiu o limite de sua capacidade de impor sanções financeiras à Rússia. Referindo-se a uma possível proibição de gás e petróleo russos, uma medida que foi tomada anteriormente pelos EUA, Borrell disse que isso seria muito mais difícil para a UE fazer do que para Washington.

Depois que Jens Stoltenberg insinuou que a Turquia, membro da Otan, deveria impor penalidades contra a Rússia em linha com o resto da aliança, uma fonte de Ancara revelou que, em vez disso, o país vai procurar manter um diálogo de confiança.

EUA

No início desta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um embargo a todas as importações de petróleo e gás russos, o que provocou novos aumentos nos preços globais de energia.

A operação militar especial de Moscou para "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia foi anunciada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro, após um pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk em meio à intensificação dos ataques do Exército ucraniano. O Ministério da Defesa da Rússia sublinhou repetidamente que as Forças Armadas do país estão atacando apenas a infraestrutura militar da Ucrânia com armas de alta precisão e que não possui alvos civis.

Em resposta, os Estados Unidos, o Reino Unido, os membros da UE e vários outros países impuseram duras sanções contra a Rússia. Alguns deles fecharam seu espaço aéreo para todos os voos russos, sancionaram vários bancos e parlamentares, censuraram meios de comunicação e cancelaram a participação de esportistas e eventos da cultura russa.

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