Um mulher iraquiana acusada de ter participado dos atentados que mataram 57 pessoas em Amã foi mostrada na TV da Jordânia aparentemente confessando seu envolvimento no episódio.
Segundo a polícia, ela é esposa de um dos três militantes suicidas que atacaram hotéis na capital jordaniana na quarta-feira passada e teria falhado ao tentar explodir a si mesma.
– Meu marido usou um cinto com explosivos, e eu, outro. Ele me ensinou como usá-lo, disse Sajida Mubarak al-Rishawi, que foi presa pela polícia jordaniana.
– Ele ficou em um canto, e eu, em outro. Havia um casamento no hotel. Havia mulheres e crianças, disse ela no vídeo mostrado neste domingo.
– Meu marido executou o ataque. Eu tentei detonar (o cinto com os explosivos), mas falhou.
– Eu fugi. As pessoas começaram a correr, e eu comecei a correr com elas.
A polícia também exibiu na TV o que pareceu ser um cinto com explosivos desativados.
O hotel atacado por Rishawi e seu marido foi o Radisson SAS, no qual morreu a maioria das vítimas dos ataques.
De acordo com a confissão transmitida pela TV, Rishawi chegou à Jordânia com seu marido, Ali Hussein Ali al-Shamari, e os outros dois militantes suicidas, Rawd Jassem Mohammed Abed, 23 anos, e Safaa Mohammed Ali, da mesma idade, quatro dias antes dos ataques.
Eles teriam entrado no país de carro, desde o Iraque, usando passaportes falsos.
– Meu marido organizou tudo, disse Rishawi no vídeo.
– Na Jordânia, alugamos um apartamento. Ele tinha dois cintos de explosivos. Ele vestiu um em mim, colocou o outro em si mesmo e me mostrou como usá-lo. Ele me disse que íamos atacar hotéis na Jordânia.
Acredita-se que Rishawi seja irmã de Mubarak Atrous al-Rishawi, um importante aliado de Abu Musab al-Zarqawi, o líder da Al-Qaeda no Iraque.
Rishawi foi morto pelas forças dos Estados Unidos em Fallujah, no ano passado.