Ucrânia: Putin acusa EUA de disseminar ‘especulações provocativas’

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Publicado Sábado, 12 de Fevereiro de 2022 às 14:55, por: CdB

“Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram (…) especulações provocativas relacionadas com uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, que é acompanhada de entregas significativas de armamentos modernos para este país”, disse na nota a Presidência russa.

Por Redação, com agências internacionais - de Moscou e Washington
Após o anúncio alarmista do presidente norte-americano, Joe Biden, na véspera, seu colega russo, Vladimir Putin, classificou como “especulações provocativas” as acusações de que a Rússia esteja preparando uma invasão da Ucrânia. Putin conversou por mais de 90 minutos, nesta manhã com seu homólogo francês, Emmanuel Macron – informou o Kremlin em um comunicado.
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Há mais de um mês o presidente Joe Biden vem dizendo que a Rússia invadirá a Ucrânia nas próximas horas
“Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram (…) especulações provocativas relacionadas com uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, que é acompanhada de entregas significativas de armamentos modernos para este país”, disse na nota a Presidência russa. À tarde, no horário do Leste Europeu, Putin e Biden também falaram ao telefone e Putin ouviu de seu interlocutor que a Rússia sofrerá pesadas sanções, caso decida-se por invadir a vizinha Ucrânia. Putin, por sua vez, reiterou que não tem planos nesse sentido, mas insistiu que não iria tolerar o avanço da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) em direção às fronteiras de seu país. Ambos, no entanto, concordaram em manter aberto um canal de diálogo.

Negociações

Ainda neste sábado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realizaram conversações por telefone para discutir as tensões em torno da Ucrânia. Antes das negociações, Blinken afirmou que uma "invasão" russa do país vizinho poderia começar "a qualquer momento", acusando Moscou de "escalada". A Rússia rejeitou veementemente possuir quaisquer planos de invasão. "Como observou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, a resposta de Washington e Bruxelas relativamente aos projetos de tratado russo-americano e ao acordo com a Otan sobre garantias de segurança ignora os aspectos fundamentais para nós, nomeadamente sobre a não expansão da aliança e não implantação de sistemas de armamentos ofensivos perto das fronteiras russas", aponta o comunicado da chancelaria russa.

Diplomacia

Na conversa, Lavrov recordou ao seu homólogo americano sobre a inadmissibilidade de ações que violem as obrigações de manter a indivisibilidade da segurança na Europa e na região do Atlântico. O chefe da diplomacia russa declarou também que a campanha de propaganda dos EUA e seus aliados em relação à alegada "agressão russa" contra a Ucrânia persegue objetivos provocativos. "O ministro ressaltou que a campanha de propaganda lançada pelos EUA e seus aliados sobre a 'agressão russa' contra a Ucrânia persegue objetivos provocativos, incentivando as autoridades de Kiev a sabotar os acordos de Minsk e a tentativas perniciosas de resolver os 'problemas de Donbass' pela força", lê-se na nota divulgada pela chancelaria russa.
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