Ucrânia quer garantias de segurança da Rússia, diz Zelenskiy

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Publicado Quarta, 23 de Fevereiro de 2022 às 08:49, por: CdB

 

Uma das piores crises de segurança da Europa em décadas foi deflagrada depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu duas áreas do leste da Ucrânia como independentes e ordenou o envio de tropas russas para o leste da Ucrânia.

Por Redação, com DW - de Kiev/Moscou

A Ucrânia quer garantias de segurança da Rússia como um passo para acabar com o impasse entre os dois países, disse nesta quarta-feira o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em uma reunião com seus homólogos polonês e lituano.
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Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy
– Creio que a Rússia deve estar entre os países que oferecem garantias claras de segurança. Já sugeri muitas vezes que o presidente da Rússia se sentasse à mesa das negociações e falasse – disse ele. Uma das piores crises de segurança da Europa em décadas foi deflagrada depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu duas áreas do leste da Ucrânia como independentes e ordenou o envio de tropas russas para o leste da Ucrânia.

Tropas russas

Andrey Turchak, membro de alto escalão do partido governista russo, disse nesta quarta-feira que as tropas russas só entrarão em duas regiões separatistas da Ucrânia, reconhecidas por Moscou como Estados independentes, se os grupos separatistas dessas regiões pedirem. Turchak disse que qualquer destacamento desse tipo seria do que ele descreveu como "de natureza de manutenção da paz". Turchak e Denis Pushilin, um líder separatista apoiado pela Rússia, disseram aos repórteres que as forças militares russas ainda não estavam presentes nas áreas mantidas pelos separatistas apoiados por Moscou, apesar das alegações do Ocidente de que há presença militar secreta russa lá há anos. Uma testemunha da agência inglesa de notícias Reuters viu colunas de veículos militares, incluindo tanques, no início da terça-feira na periferia de Donetsk, a capital de uma das duas regiões separatistas, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu as duas regiões separatistas como Estados independentes. O repórter da Reuters viu cerca de cinco tanques em uma coluna na periferia da cidade e mais dois em outra parte da cidade. Nenhuma insígnia que identificasse a quem eles pertenciam era visível. Pushilin disse aos repórteres que as forças separatistas em Donbass não estavam na fase de tentar expandir seu território e prefeririam resolver pacificamente quaisquer questões de demarcação de fronteiras com a Ucrânia.
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