O alto representante para a Política Exterior e de Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, conclamou nesta segunda-feira os Estados Unidos a darem “declarações positivas” para acalmar o quadro político internacional, admitindo sua preocupação com as ameaças norte-americanas contra a Síria. “A região está atravessando um processo muito difícil, seria melhor declarações construtivas para ver se podemos acalmar a situação”, afirmou o chanceler comunitário, reiterando estar “preocupado” com as últimas acusações de Washington contra Damasco, que teria dado asilo aos líderes iraquianos, além de possuir armas químicas.
A declaração foi feita na abertura do Conselho de relações exteriores, esta segunda, em Luxemburgo, onde os catorze ministros homólogos começam a debater o conjunto “da situação da região” no Oriente Médio. A discussão será realizada sem a presença do chanceler britâncio, Jack Straw, que está em Manama (Bahrein).
Solana explicou que os chefes da diplomacia comunitária vão avaliar a “intensidade” do compromisso da UE no futuro do Iraque e levarão em conta os contatos realizados pela Europa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Nações Unidas. O secretário geral da ONU, Kofi Annan, estará, nesta quinta-feira, em Atenas (Grécia), onde se encontrará com os líderes europeus.